O que você quer ser? Onde deseja exercer sua vocação? Qual talento possui que pode ser utilizado para que você ocupe seu lugar no mundo e contribua com a sociedade? Essas perguntas foram objeto da reflexão de cerca de 40 adolescentes entre 14 e 18 anos internos do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), na tarde da quarta-feira (28), quando o Departamento de Ações Programáticas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou um encontro em que profissionais de diversas áreas expuseram vivências, métodos e práticas de suas profissões para que esses jovens pudessem conhecer e, quem sabe, perceber alguma inclinação relativa a um ou outro ofício.

“A intenção desse evento foi proporcionar aos adolescentes em conflito com a lei a possibilidade de se conhecerem melhor e, também, conhecerem algumas profissões para que, a partir desses saberes, possam identificar suas aptidões mais evidentes. Essas informações certamente vão facilitar a direção que eles, futuramente, devem tomar na escolha de uma atividade laboral e ressignificar suas experiências, permitindo que se organizem ou reorganizem em suas relações familiares, sociais e no mundo do trabalho”, explicou Edna Rodrigues, que é a assistente social da SMS que responde pelos programas de combate à violência e de saúde prisional. Entre os expositores havia um radialista, um mecânico e um pintor que, para passarem suas mensagens, utilizaram várias técnicas de abordagem como rodas de conversas em que os presentes lançavam perguntas ou faziam suas intervenções compartilhando opiniões e experiências vividas, além de músicas e dinâmicas de grupo. “Os meninos gostaram muito, participaram bastante de todas as oficinas e demonstraram grande interesse enquanto o assunto era apresentado”, comenta Edna. Ela ressalta que, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os adolescentes em conflito com a lei privados de liberdade têm seus direitos garantidos, dentre esses, a ressocialização, a educação e a profissionalização. “O propósito do ECA, em sua origem, é executar as medidas socioeducativas a partir de um caráter sociopedagógico e protetivo. Com essas atividades, essa prerrogativa tem se materializado aqui em Rondonópolis. Afinal, a internação, por si só, não tem o objetivo de punir a conduta delitiva, mas consiste em uma maneira de criar condições adequadas para concretizar a ressocialização do adolescente”, salienta a assistente social, lembrando que essa foi a terceira ação organizada pela Saúde este mês: “No dia 14, falamos com eles sobre saúde mental e, no dia 21 de setembro, esclarecemos sobre uso de medicações e seus efeitos no organismo”.
Via | Assessoria   Foto | Assessoria
Print Friendly, PDF & Email
(Visited 1 times, 1 visits today)