A médica Jaqueline Matos da Croce, de 31 anos, vítima de um atentado em um posto de Saúde em Primavera do Leste, deixou o hospital na tarde desta quinta-feira (1). Grávida de quatro meses, ela estava internada desde o dia 25 de agosto, quando aconteceu o crime.

No vídeo publicado pelo irmão dela, ela aparece saindo do quarto em uma cadeira-de-rodas e passa pelo corredor, onde estão funcionários do hospital e amigos de prosfissão. Jaqueline carrega flores e agradece o apoio de todos.

O irmão da vítima, o médico cardiologista Leandro Croce, também em vídeo publicado nas redes sociais, agradeceu pelas orações e homenageou Regy, a agente de saúde que estava no local e morreu ao ser atingida no tórax.

“A Ruby é uma heroína, que vai ser lembrada para sempre pelo ato de amor que fez. Ela sempre procurava servir e, no final da vida, deu a própria vida para salvar duas pessoas”, agradeceu.

O médico também pediu justiça.

“Além de agradecer a recuperação da minha irmã, eu peço encarecidamente às autoridades, que tratem de forma rigorosa esse caso, esse criminoso não tem condições de voltar a circular nas ruas. É uma pessoa extremamente perigosa, um monstro”, disse.

O crime

Jaqueline trabalhava na Estratégia Saúde da Família (ESF) em Primavera do Leste, quando um homem entrou no consultório com uma faca, enquanto uma paciente deixava a sala, segundo a polícia. O crime aconteceu no dia 25 de agosto.

Segundo a Polícia Militar, o suspeito estava em um surto psicótico.

Uma testemunha invadiu a sala e, com uma mesa, conseguiu interromper as agressões, ainda conforme a polícia. Depois, a agente entrou no consultório, segundo o delegado, e também foi esfaqueada.

Antônio Anderson Ferreira Lima, de 34 anos, foi preso e prestou depoimento à Polícia Civil na manhã do dia seguinte ao crime. Ainda conforme informações da Polícia Civil, o crime foi planejado pelo autor por não concordar com o atendimento que a médica dava a ele.

A Secretaria de Saúde de Primavera do Leste negou que houve qualquer tipo de mau atendimento.

Regy Lopes de Oliveira, de 51 anos, foi esfaqueada no tórax e não resistiu. — Foto: Cedida

Regy Lopes de Oliveira, de 51 anos, foi esfaqueada no tórax e não resistiu. — Foto: Arquivo pessoal

Via | G1   Foto | Reprodução
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