Com a campanha “Cores da InformAção”, iniciativa busca levar informações de qualidade em linguagem acessível para toda a sociedade por meio das redes sociais.
Em live realizada na quarta-feira (17/8), no Instagram da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), foi dada a largada do movimento Aliança Informativa ANCP, que visa levar informação de qualidade, consistente e acessível para leigos, profissionais da saúde, pacientes, familiares e a sociedade em geral sobre os Cuidados Paliativos. A primeira campanha do movimento já está no ar e chama-se “Cores da InformAção”. Durante 5 semanas, 5 temas diferentes serão abordados pelas redes sociais, recebendo contribuições de todos que se interessarem. A expectativa dos organizadores é um alcance de milhares de pessoas, com foco maior na sociedade civil, pacientes e seus familiares. Participaram do evento de lançamento os organizadores da campanha, o atual presidente da ANCP, Douglas Crispim, e os paliativistas Rodolfo Moraes e Anna Bernardes. Durante quase 1h de transmissão, foram detalhadas como a Aliança Informativa ANCP funcionará, quais são seus objetivos e as razões que levaram à sua criação. A cada novo tema, uma nova cor será escolhida. Agora, é a vez da cor vermelha, sob o tema “O que são Cuidados Paliativos”. A iniciativa tem o apoio das organizações Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC)Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) e do Instituto Oncoguia. Educação contínua, com linguagem simples e democrática Douglas Crispim destacou alguns dos motivos que levaram à criação da Aliança Informativa ANCP. “Tivemos um evento que marcou bastante: as falas que aconteceram durante a CPI da Covid-19, que traziam versões distorcidas do que são Cuidados Paliativos. Outra premissa que vimos foi a normalização do sofrimento, cada vez mais andamos por hospitais, e vemos que o sofrimento vai sendo deixado de lado em detrimento de somente se fazer o combate à doença. Além disso, temos visto uma fala somente de morte nas redes sociais, que traz medo para os pacientes e as famílias, fazendo uma relação com os Cuidados Paliativos”, explicou Crispim. Para o presidente da ANCP, a informação é uma arma de extrema importância no processo de desmistificar os cuidados paliativos, e deve ser acessível a todos. “O papel de todos os paliativistas é de educação contínua de seus pacientes e colegas. Quem não gosta de estar sempre explicando o que são cuidados paliativos, infelizmente não serve para trabalhar na área no momento atual, de emergência de saúde pública, com milhões de pessoas necessitando”, ressaltou Crispim. Segundo ele, a informação errada é tão nociva quanto uma doença. Anna Bernardes também destacou a necessidade de se informar bem para que o máximo de pessoas possa conhecer os cuidados paliativos e ter acesso a eles. “Temos sempre o pensamento de que quando queremos entender algo, precisamos entender o que é, e o que não é. Porque sabemos que ao longo dos anos foram faladas coisas que não são cuidados paliativos. A gente quer trazer essa bagagem de informações relevantes. Não só para os pacientes, mas para as famílias que estarão os acompanhando. E a grande verdade é que as redes sociais, principalmente nos últimos anos, se tornaram a principal fonte de informações para todo mundo. Então, queremos trazer informação segura, consistente, que sane dúvidas e seja acessível para todos, com uma linguagem simples”, explicou a paliativista. Contando um pouco mais sobre como o movimento foi pensado, Rodolfo Moraes disse que a escolha de cores diferentes na primeira campanha deu-se também por ser algo divertido, o que torna o tema mais palatável e agregador. “A ideia seria de um movimento mais sistematizado, organizado em blocos, divididos por semanas, de forma que a cada semana elegemos um tema central para que todas as pessoas que estiverem participando do movimento, postem em suas redes sociais sobre aquele eixo central. Para trazer mais vida, mais movimento, dividimos as semanas em cores, para deixar algo mais divertido. Em 5 semanas, vamos divulgar esses temas e algumas dicas sobre como abordá-los. A ideia é usar uma linguagem tranquila, pois todos podem participar. Então teremos pacientes, ONGs, profissionais, todos, cada um com sua expertise e visão abordando de forma inteligível, visando disseminar a informação”, detalhou o paliativista. A primeira semana será na cor vermelha e o tema abordado será “O que são os cuidados paliativos”. Objetivo é divulgar posts que abordem a correta definição do que são os cuidados paliativos. Os materiais de apoio tanto para a primeira semana como para as demais, já podem ser acessados clicando aqui.
Sobre a Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) Fundada em fevereiro de 2005, Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) tem o objetivo de empenhar-se pelo reconhecimento da especialidade na área da saúde e viabilização do acesso ao serviço no Brasil, que de acordo com relatório divulgado pela OMS, não possui iniciativas suficientes. Conta atualmente com mais de 1000 associados e estima que existam mais de 191 instituições com equipes de cuidados paliativos no País, incluindo desde de serviços em atenção primária até as principais instituições públicas e privadas. E considerando o total de hospitais existente no Brasil, nota-se que a demanda por atendimento de cuidado paliativo é muito superior à oferta disponível atualmente.
Via | Assessoria ANCP
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