Os carteiros do Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, entraram em greve nesta terça-feira (15), por tempo indeterminado. Eles alegam que sete servidores treinados para trabalhar de bicicleta tiveram os veículos recolhidos e estão sendo impedidos de sair às ruas, o que tem gerado um acúmulo de correspondências e sobrecarregado os motociclistas.

O g1 entrou em contato com os Correios, mas não obteve retorno até esta publicação.

A categoria haverá uma reunião com a gerência da unidade dos Correios no município ainda nesta terça-feira para tentar entrar em um acordo.

O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso (Sintect-MT) explicou que há cerca de um mês a instituição anunciou um processo de reestruturação e suspendeu as entregas feitas de bicicleta, o que gerou um aumento do percurso para os carteiros que trabalham de moto.

De acordo com o sindicato, antes, os trabalhadores motorizados percorriam entre 35 a 40 quilômetros por dia, e hoje percorrem pelo menos 80 quilômetros. Devido ao acúmulo de correspondências não entregues, esses motociclistas, que antes entregavam cerca de 90 encomendas ao dia, agora saem com 240 entregas cada.

Milhares de correspondências simples, como extrato do FGTS, senha do google e faturas que são enviados como carta simples, estão estocadas no Centro de Distribuição.

“Eles tratam como refugo, mas na verdade foram correspondências que foram pagas pela sociedade e que não estão sendo entregues”, diz o sindicato, em nota.

O diretor jurídico do Sindicato, Alexandre Aragão, explicou que quando o carteiro não vai à rua, ele deixa de receber os 30% do adicional, o que equivale a retirada de cerca de R$ 800 do salário.

“Tudo leva a crer que essa atitude integra o grande projeto de desmonte da empresa, qual seja: destruir a excelência dos serviços postais para justificar a privatização”, pontuou.

Via | G1
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