No dia em que se despediu do filho de 10 anos, que morreu após cirurgia para a extração de um dente, uma moradora de Igarapé, na região metropolitana de Belo Horizonte, ainda busca explicações e tenta entender quem teria sido o responsável pelo óbito. “Eles deixaram meu filho sangrar até morrer. Eu achei que estava levando meu filho para salvar, mas matei”, contou a mãe de Antony Bernardo da Silva Souza. Em entrevista, Elenilsa Jacinta, que está desempregada, afirmou que autorizou o tratamento mais barato por falta de condições, mas afirma que questionou a dentista sobre o risco do procedimento de extração. “Eu não tinha dinheiro para fazer um canal. Eu falei com ela que queria extrair, porque eu estou desempregada. Eu já procurei emprego em todos os lugares e não consigo. Minha única solução era tirar o dente, mas ela é uma profissional”, lamentou a mulher durante o velório do filho, nesta terça-feira (21). A Polícia Civil investiga o caso. Entenda o que aconteceu Antony Bernardo da Silva Souza, de 10 anos, morreu após dar entrada na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) de Igarapé. A mãe do menino contou aos militares que procurou a clínica odontológica na última quinta-feira (16), após o filho apresentar sangramento em um dente. A profissional que o atendeu indicou o tratamento de canal e receitou antibióticos para conter a inflamação. Ainda segundo a mãe, no retorno, nesta segunda-feira (20), a dentista pediu um raio X e, embora a gengiva do menino estivesse machucada, disse que o procedimento poderia ser feito. Após a extração, Antony teria sofrido uma hemorragia e perdido a consciência. Segundo a PM, a dentista relatou que no dia do primeiro atendimento fez uma avaliação e indicou um tratamento de canal, que ficaria em R$ 750. A família do menino teria alegado que não tinha condições de arcar com o valor e que iria optar pela extração do dente, que custava R$ 180. Durante o procedimento, ela observou que saiu uma grande quantidade de sangue e pediu a ajuda de outra profissional quando começou a hemorragia. O socorro foi acionado, e o menino, levado para a unidade de saúde. Um dos funcionários da clínica relatou no boletim de ocorrência que a ambulância não teria oxigênio, mas a prefeitura da cidade nega a informação.
Via | R7
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