Os vereadores de Cuiabá discutem a criação de uma comissão para avaliar um possível pedido de cassação de Emanuel Pinheiro, afastado da função de prefeito na terça-feira (19) por suposto esquema de fraudes na saúde. O chefe de gabinete da prefeitura, Antônio Monreal Neto, foi preso temporariamente.

Emanuel Pinheiro disse que é inocente e que vai colaborar com as investigações. A defesa dele ainda analisa o processo para recorrer.

O advogado que defende o ex-chefe de gabinete, Antônio Monreal Neto, pediu relaxamento da prisão e espera decisão da justiça.

De acordo com o Ministério Público, responsável pelo pedido de afastamento, as contratações irregulares feitas por Emanuel Pinheiro causaram um prejuízo de mais de R$ 16 milhões aos cofres públicos. Segundo os promotores, esse dinheiro é de pagamento indevido de prêmios aos servidores nomeados na Secretaria de Saúde.

“No momento há uma articulação para a propositura de uma comissão processante que tem a finalidade de cassar o mandato do prefeito. Não podemos permitir que Cuiabá continue com um cenário de insegurança”, pontuou o vereador Diego Guimarães (Cidadania).

Segundo o vereador Chico 2000 (PL), o processo ainda está em segredo de Justiça e, por isso, a Câmara ainda não tem todas as informações para se posicionar com segurança.

Afastamento de Emanuel Pinheiro

A decisão que afastou o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, nessa terça-feira (19), é decorrente de investigação de suposta organização criminosa voltada para contratações irregulares de servidores temporários na Secretaria Municipal de Saúde, que, em sua maioria, teria sido realizada para atender interesses políticos do chefe do Poder Executivo.

O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, afirmou que o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) lhe disse que a contratação de servidores da saúde era ‘canhão político’ no município.

Em nota, ele disse que recebeu a decisão com surpresa e que, posteriormente, irá se manifestar à população e imprensa. “Reitera que está à disposição das autoridades competentes e vai colaborar para o pronto esclarecimento dos fatos”.

Ainda durante a operação, o chefe de gabinete da prefeitura, Antônio Monreal Neto, foi preso temporariamente.

Via | G1
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