BNDES suspende parcelas de hidrelétricas para combater crise hídrica

BNDES suspende parcelas de hidrelétricas para combater crise hídrica
Hidrelétricas com geração acima de 50 MW poderão suspender pagamentos por até sete meses consecutivos A Diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, em caráter emergencial, a possibilidade de suspensão temporária de pagamentos do serviço da dívida (principal e juros) de operações de apoio a investimentos em geração de energia hidrelétrica (acima de 50 MW), nas modalidades direta, indireta não automática e mista. A medida abrange um conjunto de 26 projetos elegíveis, para os quais o BNDES é financiador relevante, num momento em que o país enfrenta grave crise hídrica e combate aos efeitos da pandemia da Covid-19 na economia. A medida aprovada possibilita a suspensão de pagamento de principal e juros de até sete prestações mensais consecutivas, incorporando-as no saldo devedor, previstas para serem pagas entre os meses de setembro de 2021 e junho de 2022. Nas operações estruturadas sob a modalidade Project Finance, é pré-requisito a adesão à suspensão de pagamentos por cocredores que representem, no mínimo, 75% (setenta e cinco por cento) do saldo devedor do Cliente, incluindo o BNDES. “Esta nova medida é mais um exemplo de contribuição tempestiva do BNDES buscando maior resiliência para o parque gerador hidrelétrico nacional, que se depara com uma conjuntura hídrica extremamente atípica”, explica o Diretor de Crédito a Infraestrutura, Petrônio Cançado. A aprovação dessa medida financeira vai ao encontro da agenda de modernização do setor, que tem entre seus objetivos a maior eficiência e resiliência do parque gerador hidrelétrico. Os dispositivos legais que preveem a prorrogação dos contratos de concessão das hidrelétricas e a agenda de revisão das garantias físicas dessas usinas são exemplos de medidas estruturais conduzidas pelo Ministério de Minas e Energia nesse sentido. Mais detalhes sobre a medida estão disponíveis no site do BNDES: https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/financiamento/suspensao-de-pagamentos/suspensao-de-pagamentos-para-usinas-hidreletricas-acima-50 Conta-Covid – Em julho de 2020 o BNDES fechou a coordenação e aportou, junto com outros bancos públicos, 30% dos recursos na chamada Conta-Covid, financiamento emergencial destinado ao setor elétrico no contexto da pandemia do novo coronavírus. O volume total destinado às distribuidoras foi de R$ 15,3 bilhões, e os outros 70% foram fornecidos por bancos privados. A operação foi organizada para evitar reajustes maiores nas tarifas de energia elétrica, que seriam originados por efeitos previstos no processo tarifário ordinário das distribuidoras. Com a Conta-Covid, esses valores serão diluídos em 60 meses, reduzindo os índices dos reajustes que foram aprovados em 2020. Sobre o BNDES – Fundado em 1952 e atualmente vinculado ao Ministério da Economia, o BNDES é o principal instrumento do Governo Federal para promover investimentos de longo prazo na economia brasileira. Suas ações têm foco no impacto socioambiental e econômico no Brasil. O Banco oferece condições especiais para micro, pequenas e médias empresas, além de linhas de investimentos sociais, direcionadas para educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano. Em situações de crise, o Banco atua de forma anticíclica e auxilia na formulação das soluções para a retomada do crescimento da economia.
Via | Assessoria BNDES

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