•Modelo sistêmico: é a avaliação que as instituições devem fazer do cenário atual, onde pretendem chegar e qual estratégia será usada na elaboração de um plano de inovação efetivo.
•Mudança do senso comum: a busca por referenciais teóricos baseados em uma educação científica e tecnológica, permitindo uma base sólida para a elaboração das aulas.
• Engenharia e gestão do conhecimento: refere-se ao estudo das competências e habilidades dos alunos.
•Cibercultura: a preparação dos espaços de aprendizagem, para que sirvam ao propósito da Educação 4.0.
Como funciona a Educação 4.0
O novo modelo de educação deve levar em consideração tudo o que envolve essa nova indústria, como:
•a conectividade dos sistemas e facilidade de acesso ao conhecimento;
•a inteligência artificial, automação e sistemas robotizados;
•as novas mídias e Big Data (análise e interpretação de grandes volumes de dados);
•a velocidade da inovação;
•o desenvolvimento de novas habilidades e conhecimentos constantes.
O funcionamento desse modelo só será eficaz se estiver alinhado aos recursos tecnológicos e às propostas pedagógicas, por isso é importante uma estratégia bem alinhada, pautada nas metodologias ativas, que por sua vez tratam-se de estratégias de ensino centradas na participação efetiva dos estudantes na construção do processo de aprendizagem, de forma flexível e interligada.
Conheça as principais metodologias ativas:•Ensino híbrido: alterna entre ensino presencial e remoto. Assim, o estudante participa de aulas e atividades nesses dois ambientes, passando a dominar cada vez mais o âmbito digital.
•Cultura maker: aqui, o estudante passa a ser mais autônomo e ter cada vez mais protagonismo no ensino, conduzindo o próprio aprendizado da maneira que for mais efetiva para ele, bem ao estilo “faça você mesmo”.
•Realização de projetos: a procura de soluções para alguns problemas propostos, utilizando programação, conhecimentos científicos e outras abordagens que envolvam a conscientização da sociedade.
•STEAM e STEM: Integra conceitos da Engenharia, Matemática, Ciências, Artes e Tecnologia em prol do aprendizado.
Como essas metodologias se relacionam com a BNCC?
A mudança rumo à Educação 4.0 tem um instrumento de partida: a Base Nacional Curricular Comum (BNCC), que atualizou o Plano Nacional de Educação. O documento define as aprendizagens essenciais que os alunos devem desenvolver ao longo da educação básica, de forma progressiva e por área de conhecimento. As competências gerais exigidas pela BNCC são 10:
•Conhecimento: para aprender a lidar com a realidade, continuar aprendendo e colaborar com a sociedade;
•Pensamento científico e criativo: para investigar causar, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas;
•Repertório cultural: para participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural;
•Comunicação: para expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e produzir sentimentos que levem ao entendimento mútuo;
•Cultura digital: para comunicar-se, acessar e produzir informações e conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria;
•Trabalho e projeto de vida: para entender o mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas à cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, criticidade e responsabilidade;
•Argumentação: para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns, com base em direitos humanos, consciência socioambiental, consumo responsável e ética;
•Autoconhecimento e autocuidado: para cuidar da sua saúde física e emocional, reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas;
•Empatia e cooperação: para fazer-se respeitar e promover o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade, sem preconceitos de qualquer natureza;
•Responsabilidade e cidadania: para tomar decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Como a Educação 4.0 vai mudar o modo como aprendemos?
O relatório de The New Work Order, divulgado pela Foundation for Young Australians (FYA), confirma que, em um futuro próximo, teremos a substituição do trabalho humano por robôs e pela AI (inteligência artificial) – o que já pode ser constatado em vários setores da indústria.
O levantamento feito por este estudo revela por exemplo que, mais da metade dos estudantes da Austrália, estão focando suas carreiras em profissões que se tornarão obsoletas pelos avanços tecnológicos e automação e em apenas 20 anos, a Inteligência Artificial pode ocupar a maioria dos postos de trabalho que conhecemos.
Para preparar o aluno que está na sala de aula hoje para o amanhã, o relatório The New Work Order recomenda que se dê mais ênfase nas habilidades digitais e ao empreendedorismo na escola. Outros elementos que devem ser estimulados desde os primeiros anos escolares levantados pelo relatório foram:
• Saber lidar com pessoas de forma colaborativa;
•Desenvolvimento de competências socioemocionais e criativas;
•Participação em projetos interdisciplinares, que utilizam conhecimentos de diversas disciplinas para um objetivo comum;
•Uso da empatia com inteligência.
Fim de uma era ou novas possibilidades e oportunidades?
O futuro da educação deverá aproveitar os impulsionadores de toda esta transformação. A escola precisa sempre lembrar que no mundo em que vivemos:
•Será – e está sendo – mais importante saber porque você precisa de algo, um conhecimento ou habilidade e, em seguida, onde encontrá-lo ou desenvolvê-lo. Não é preciso simplesmente acumular conhecimento, não é preciso saber tudo.
•A análise de desempenho e da aprendizagem podem ser realizadas através de personalização baseada em dados inteligentes.
•Aprenderemos juntos e uns com os outros. A aprendizagem será colaborativa, os professores são facilitadores que constroem comunidades em torno do aprendizado, talento e habilidades de seus alunos.
A Educação 4.0 é um desafio para as escolas e professores; que devem incentivar uma nova cultura voltada à inovação, pensamento crítico, solução de problemas, invenção e outras habilidades. Porém, é preciso começar a mudança agora.
Juliana Antunes é jornalista com pós-graduação em Comunicação Empresarial e MBA em Marketing Estratégico com ênfase em Gestão Comercial e Varejo. Atualmente, é Scrum Master na unidade de Tecnologia Educacional da Positivo Tecnologia, onde participa ativamente da implementação e execução da metodologia scrum no planejamento dos produtos/soluções educacionais.
Sobre a unidade de Tecnologia Educacional da Positivo Tecnologia
A área de Tecnologia Educacional da Positivo Tecnologia desenvolve e distribui soluções inovadoras que enriquecem o processo de ensino-aprendizagem e transformam a sala de aula em um ambiente estimulante e desafiador para os alunos. Fazem parte de seu portfólio o Schood, a pulseira inteligente que oferece mais segurança à escola e facilita a gestão, as Mesas Educacionais, que auxiliam na alfabetização e no letramento e têm patente depositada em vários países; o Inventura, um programa completo de Educação 4.0 que está revolucionando a forma de ensinar e aprender a programação no Brasil e em dezenas de países; o Aprimora, um ecossistema adaptativo de aprendizagem, e o Pense Matemática, que ensina a matemática de uma forma divertida. Além dessas soluções, a Tecnologia Educacional é parceira autorizada para a distribuição da LEGO® Education no Brasil e distribuidor máster do micro:bit na América Latina. Assim como as marcas Anker, Boreo, Positivo, Positivo BGH, Quantum, VAIO e 2A.M, a área de Tecnologia Educacional conta com investimento e suporte da Positivo Tecnologia. Mais informações no site
Compartilhe: