O imunologista Danny Altmann, professor do Imperial College London, afirmou que o estudo é “robusto, impressionante e completo” e que fortalece a teoria de que “o teste de anticorpos subestima a imunidade”.
Proteção contra infecções futuras
O estudo analisou alguns dos primeiros infectados na Suécia e que tinham visitado áreas afetadas, como o norte da Itália, antes de retornarem ao país. Os pesquisadores acreditam que o organismo dessas pessoas combateu a contaminação pelo Sars-CoV-2 com a produção de anticorpos. Essa reação pode ter desaparecido ou apenas não ser detectável pelos testes atuais.
A partir dessas evidências, a pesquisa indica que a imunidade à covid-19 pode estar presente em um grupo mais amplo de pessoas — que, em tese, estão protegidas no caso de uma nova exposição ao vírus.
Imunidade de rebanho
Essas evidências, no entanto, não representam uma possível imunidade de rebanho. O médico Marcus Buggert, um dos autores do estudo, explica que mais análises são necessárias para entender se as células T fornecem esse tipo de proteção.
Ainda não se sabe se essas pessoas são dotadas de imunidade esterilizante, responsável por bloquear completamente o vírus, ou se, apesar de não ficarem doentes, são transmissoras do vírus. A pesquisa já foi submetida para uma publicação científica, mas ainda não passou oficialmente pela avaliação de outros cientistas.
Fonte | Megacurioso