Secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo afirmou, inclusive, que alguns hospitais particulares estão colapsando também e demandado de leitos do SUS para seus pacientes.

O secretário afirma que vai faltar leitos de UTI para pacientes do SUS e de planos particulares também.

Gilberto fez um apelo, durante coletiva virtual, nesta terça-feira (9), para que a população colabore. “É mais recomendável que as pessoas fiquem em casa, usem máscara e parem de fazer festa como a gente tem observado. Com muitas pessoas banalizando, achando que não vão ser afetadas”.

“A disseminação da doença tem sido rápida e, pouco depois do caso iniciar na China, o vírus ganhou o terrível status de ‘pandemia’. Há seis meses infectando e matando pessoas mundo afora… Assim, se  as pessoas não entenderem isso, nós podemos triplicar o número de UTIs que ainda não serão suficientes”, argumenta o secretário de Saúde.

Gilberto criticou a gestão de Emanuel Pinheiro (MDB) e disse ser “preocupante a ausência dos leitos previamente pactuados”.

“Nós temos aqui, em Cuiabá, o caso especial de não ter nenhum leito disponível, por exemplo, no Hospital São Benedito”, ao considerar que a capital não cumpriu com o que teria sido pactuado junto ao Ministério da Saúde.

“Os leitos anunciados no plano de contingência de Cuiabá e habilitados no ministério estão dentro desse contexto do quadro que calculamos a taxa de ocupação. Se não forem disponibilizados, vamos colapsar mais cedo do que o que se imagina”.

Ainda não é o pico

Segundo Gilberto, a colaboração do Ministério da Saúde não tem sido eficiente. Ele afirma que foram disponibilizados somente 10 leitos de UTI pelo governo federal para todo o Estado, mas não veio respirador que é item essencial no tratamento de pacientes com quadros graves da Covid-19. A doença afeta os pulmões e os pacientes precisam da respiração mecânica.

Mesmo já sendo preocupante, a situação deve ser agravar em poucas semanas. De acordo com o secretário “a pandemia ainda não está no pico no país e não dá para esconder que aqui em Mato Grosso ainda teremos dias difíceis. Em que pese há poucos dias tínhamos taxa ocupação baixa, quando estávamos em uma situação um pouco mais confortável em relação a outros estados. Contudo, esse conforto não existe mais”.

Alertou que os casos de Covid estão crescendo “em velocidade muito grande e o número de pessoas necessitando de uma unidade hospitalar é enorme nesse momento e vão faltar leitos. E faltando leitos, aí será a agonia da população”.

Se continuar o ritmo de crescimento da infecção, diz Gilberto, “e as medidas não farmacológicas não forem respeitadas pela população, não estamos muito longe de ter um colapso na rede hospitalar”, asseverou Figueiredo.

Fonte | Redação com SES-MT

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