Em meio a crise provocada por pandemia, fundadora da Feira Preta, Adriana Barbosa lança fundo de doações para empreendedores periféricos

Com 98% das empresas brasileiras encaixadas na categoria de micro e pequenas empresas, é para garantir que empreendedores periféricos não quebrem com a crise econômica causada pela pandemia que a empresária Adriana Barbosa, fundadora da Feira Preta, tem direcionado seus esforços. Barbosa é uma das criadoras da coalizão ÉdiTodos, que visa criar um fundo emergencial para 500 negócios de mulheres negras e periféricas.

Com apoio do Instituto C&A, Itaú Unibanco e Assaí Atacadista, serão destinados R$ 2 mil para atender às principais demandas de negócios periféricos. Para a empresária, é crucial que o crédito chegue na ponta das camadas sociais mais vulneráveis para seguir movimentando a economia do país.

“A única questão é como o crédito chega ao empreendedor. Só que a lógica do banco para a sessão de crédito é antiga. Muitos deles verificam problemas no Serasa e, agora, existe uma restrição. Inevitavelmente, teremos um número maior de endividados.”

“Dominar as ferramentas online e dificuldade de logística são alguns dos desafios”, explica. “Muitos não estão conseguindo ter acesso à diversos produtos. A ideia é a iniciativa acessar cada vez mais as organizações de base para poder fazer essa logística de entrega na ponta.”

De acordo com um estudo do PretaHub, organização focada em pesquisas de mercado e empreendedorismo negro, 82% dos micro e pequenos empreendedores não tem CNPJ. Entre esses perfis, 34% empreende por necessidade e suas rendas variam entre 1 e 2 salários mínimos.

O Fundo Emergências Econômicas é a primeira ação da Coalizão Éditodos, criada em 2017 e que reúne seis empresas e OSCs de impacto social: Vale do Dendê (Salvador), Agência Solano Trindade, Afrobusiness e Feira Preta (São Paulo), FA.Vela (Belo Horizonte) e Instituto Afrolatinas (Distrito Federal).

Fonte e Foto | R7

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