Presos por não pagamento de pensão alimentícia cumprirão prisão domiciliar em MT

Presos por não pagamento de pensão alimentícia cumprirão prisão domiciliar em MT

Atualmente, 32 homens estão presos no estado por dívida com pensão alimentícia.

O desembargador João Ferreira Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), determinou nessa terça-feira (24), que os presos por pensão alimentícia, no estado, sejam libertados para o cumprimento de prisão domiciliar, imediatamente.

O pedido de habeas corpus coletivo foi feito pela Defensoria Pública do Estado devido à pandemia de coronavírus e o risco de contaminação desses presos.

De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública, atualmente, atualmente, tem 32 presos no estado por dívida com pensão alimentícia.

A Defensora Pública argumentou que, em função da propagação do Covid-19, manter a prisão dessas pessoas pode significar “o decreto de morte delas”, diante da superlotação e precariedade das unidades prisionais do estado.

Os defensores enfatizam que esses presos não podem ficar em celas junto com outros presos e citam trecho do Código de Processo Penal: “quando houver mais de uma forma de o devedor quitar seu débito, o juiz deverá buscar meios menos gravosos ao executado”.

Segundo a Defensoria, “presos em razão de débito alimentar não cometeram crimes, e eles estão nos presídios, cadeias, delegacias por um curto período de tempo. Caso eles fiquem com os outros presos, correm o risco de se contaminarem e terem suas vidas ceifadas nesses locais, que oferece saúde precária”.

Outros presos conseguiram a prisão domiciliar com argumentos de risco de contágio da doença, entre eles o ex-prefeito de Dom Aquino, Eduardo Zeferino, e o vereador de Várzea Grande Jânio Calistro, do PSD.

Jânio Calistro foi preso em dezembro do ano passado, durante a operação ‘Cleanup’, da Polícia Civil, e é suspeito de fazer parte de um grupo de traficantes que atuava em Várzea Grande.

O desembargador aceitou o argumento da defesa do acusado de que ele não tem motivos para fugir, por ter endereço fixo de residência e ainda exercer o cargo de vereador na Câmara Municipal de Várzea Grande, além de ser escrivão da polícia aposentado e por isso, não oferece riscos ao processo judicial.

Condenado por estupro, Zeferino, de 65 anos, deixou a Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa (conhecida como Mata Grande), em Rondonópolis, na terça-feira (24), por se enquadrar no grupo de risco, já que tem mais de 60 anos.

Zeferino foi condenado a cumprir 28 anos e seis meses de prisão pelo crime de estupro de vulnerável. Ele estava preso desde o começo do mês.

Fonte | G1  Foto | Governo MT

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