A Justiça autorizou que Eduardo da Silva, Ygor King e David Willian da Silva respondam pelo Caso Daniel em liberdade; já Cristiana Brittes não precisará mais usar tornozeleira eletrônica

A Justiça do Paraná revogou a prisão de três acusados pela morte do jogador Daniel Corrêa Freitas em uma decisão publicada nesta quarta-feira (9). Sendo assim, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, Ygor King e David Willian Vollero poderão responder ao processo em liberdade.

Na mesma decisão, o juiz responsável também mandou suspender o monitoramento eletrônico da ré Cristiana Brittes. O único acusado do Caso Daniel que permanece preso é Edison Brittes, o assassino confesso.

Caso Daniel: acusados são soltos com medidas cautelares

Eduardo, Ygor e David podem deixar a prisão sob a condição do cumprimento das seguintes medidas cautelares. São elas:

  • comparecimento periódico mensal em juízo para justificar suas atividades;
  • proibição de frequentar bares e casas noturnas;
  • proibição de entrar de manter contato, direto ou indiretamente, com testemunhas, outros acusados ou vítimas do caso;
  • proibição de sair da Comarca sem autorização prévia;
  • recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga.

Caso não obedeçam às especificações, os três podem perder o direito de ficar fora da cadeia até que o julgamento seja concluído.

MP-PR pede júri popular para réus do jogador Daniel

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) apresentou, nesta terça-feira (8), as alegações finais no processo. Nela, o promotor Marco Aurélio Oliveira já havia se mostrado favorável à concessão de liberdade provisória para os três réus do Caso Daniel e ainda solicitou que os sete réus do processo vão a júri popular. 

Acusações dos réus do Caso Daniel

O MP também alterou as acusações feitas da Polícia Civil. No documento, o promotor optou por absolver David Willian Vollero dos crimes de denunciação caluniosa e corrupção de adolescente; não acusar Ygor King de corrupção de adolescente e inocentar Evellyn Brisolla dos crimes de corrupção de adolescente, denunciação caluniosa e falso testemunho.

Veja as acusações pedidas pelo MP-PR:
  • Edison Brittes: homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima; ocultação de cadáver; fraude processual; corrupção de adolescente e coação no curso do processo;
  • Cristiana Brittes: homicídio qualificado por motivo torpe; fraude processual; corrupção de adolescente e coações no curso do processo;
  • Allana Brittes: fraude processual; corrupção de adolescente; coações no curso do processo;
  • David Willian Vollero: homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima; ocultação de cadáver e fraude processual;
  • Ygor King: homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima; ocultação de cadáver e fraude processual;
  • Eduardo Henrique Ribeiro da Silva: homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima; ocultação de cadáver; fraude processual e corrupção de adolescente;
  • Evellyn Brisolla Perusso: fraude processual.

Relembre o Caso do jogador Daniel

O jogador Daniel foi morto brutalmente, na manhã de 27 de outubro de 2018, após uma confusão ocorrida na residência dos Brittes. Na ocasião, cerca de 15 pessoas estavam na casa participando de um after como continuação do aniversário de Allana Brittes, que havia ocorrido em uma casa noturna de Curitiba.

Daniel foi flagrado por Edison Brittes com sua esposa Cristiana Brittes no quarto do casal. Segundo o depoimento de Cristiana Brittes, ela teria acordado com jogador Daniel apenas de cueca no local. A defesa da família Brittes alega que o jogador tentou estuprar Cristiana enquanto os advogados da família de Daniel afirmam que tudo não passou de uma brincadeira infantil e de mau gosto do jovem.

O JOGADOR DANIEL TIROU DUAS FOTOS NA CAMA DE CRISTIANA BRITTES ANTES DE SER ASSASSINADO. (IMAGEM: MONTAGEM/RIC MAIS)

O resultado do flagrante foi o espancamento do jogador ainda na casa dos Brittes e seu assassinato na Colônia Mergulhão, em Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense. Ele teve seu pescoço parcialmente decapitado com uma faca de churrasco e o órgão sexual extirpado por Edison Brittes.

Eduardo da Silva, Ygor King e David Willian da Silva estavam presentes no momento em que o jogador foi morto em uma plantação de pinus. Todos negam a participação direta no crime. No entanto, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) não acreditou em suas versões e indiciou os três por homicídio.

Nos dias que seguiram após o assassinato do jogador Daniel, a família Brittes tentou convencer as testemunhas, que estavam na casa, a confirmarem que o jogador havia ido embora sozinho do local. No Instagram, Allana Brittes postou fotografia com o jogador como forma de luto, além de mentir para Eliane Corrêa,  mãe do jogador, sobre o que havia ocorrido. Edisson Brittes chegou a ligar para Eliane para dar os pêsames e oferecer auxílio em um momento tão difícil.

Fonte | RicMais

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