Seduc afirma que número corresponde ao total de servidores que paralisaram atividade ao longo do mês passado, mas sindicato diz que lista contém pessoas que desistiram do movimento

Mais de 15 mil servidores da educação não irão receber o salário de junho por corte de pontos. Na lista estão professores, técnicos pedagogos e pessoal de apoio administrativos parados em adesão à greve iniciada em 27 de maio.

Conforme a Seduc (Secretaria de Estado de Educação), o número exato é de 15.211 cujos salários praticamente zeraram no cálculo de corte ao longo do mês passado. Alguns podem ter restos a receber de até R$ 400.

O número de salários passado pelo corte corresponderia ao total de servidores em greve. O Sintep (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público) em Mato Grosso afirma que servidores que retomaram as atividades após um período de greve também tiveram salário reduzido.

A pasta não soube informar a redução do total na folha salarial por causa da variação da média salarial. Tabela salarial disponível no site do Sintep divide os salários dos servidores por classe e carga horária. Dos professores começa em R$ 1.617 e vai até R$ 8.875; o ganho dos técnicos, com a mesma classificação, vai de R$ 2.426 a R$ 7.800.

O movimento de greve que caminha para 45 dias continua em impasse entre servidores e o governo. Uma assembleia geral está prevista para esta quinta-feira (11) para análise da proposta do governo de realizar reuniões quadrimestrais para discutir a situação fiscal e financeira do Estado.

A ideia foi apresentada em audiência de conciliação na segunda-feira (8) entre líderes do Sintep, entidade que coordena a greve, e os secretários Mauro Carvalho (Casa Civil) e Basílio Bezerra (Planejamento e Gestão). A avaliação do governo é a de que houve avanço para fechar acordo, mas o sindicato afirma que as reuniões quadrimestrais não têm previsão de colocar em pauta a aplicação da lei 510/2013, de dobra do poder de compra.

Quanto aos pontos cortados, a proposta do governo é que o salário seja restituído em parcelas logo que os grevistas decidam voltar para a sala de aula.

Ontem (9), deputado Lúdio Cabral (PT), propôs que os servidores ocupem o plenário da Assembleia Legislativa para forçar o governo a apresentar uma nova proposta.

Fonte | Circuito MT

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