O Aeroporto Municipal Marinho Franco, além de outros três terminais aeroportuários mato-grossenses que formam o Bloco Centro-Oeste, irá leilão nesta sexta-feira (15) para a concessão à iniciativa privada pelos próximos 30 anos, prorrogáveis por mais cinco.Bastante aguardado, já que a medida visa fomentar a aviação regional e permitir mais qualidade dos serviços, o leilão está marcado para acontecer às 9h, no horário de Mato Grosso, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

Secretário Municipal de Transporte e Trânsito, Rodrigo Metello participará do leilão na Bovespa, representando a Prefeitura de Rondonópolis. Ele está em São Paulo acompanhado da gerente do departamento aeroportuário da pasta, Bianca Cristina Arald. Além do Marinho Franco, o Bloco Centro-Oeste inclui os aeroportos de Sinop, Alta Floresta, Rondonópolis e Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá.

“Estamos bastante otimistas e esperançosos de atrair os melhores operadores do mundo para operarem o nosso aeroporto”, disse o secretário, comentando que o Marinho Franco “está dentro do Bloco Centro-Oeste, que vem atraindo atenção de investidores, inclusive internacionais, justamente por contar com grande potencial de crescimento”.

Sem citar os nomes dos investidores e empresas, Metello informou que o aeroporto Marinho Franco recebeu muitas visitas de representantes de empresas e investidores de interessados em arrematar, “que vieram até Rondonópolis levantar informações do terminal e das potencialidades do município”.

Ao todo, conforme o divulgado pela imprensa estadual, seis operadoras, que atuam na Europa e nos Estados Unidos, demonstraram interesse em arrematar os terminais de Mato Grosso. Na lista estão grandes empresas como a alemã Fraport, a francesa Vinci Airports, as investidoras norte-americana Aecom (representando Zurich- Suíça) e Pátria, bem como as brasileiras Socicam e SINART.

Abertura de novas linhas

A expectativa é que a medida resulte em mais investimentos na melhoria do aeroporto de Rondonópolis, possibilitando assim a abertura de novas linhas de voos. Para o secretário, a privatização será uma grande porta aberta ao desenvolvimento econômico e social do município. “A perspectiva é que a essa concessão traga grandes benefícios para a economia de Rondonópolis, contribuindo para atração de novos investimentos e gerando mais empregos e renda para a população”.

Conforme o anúncio feito pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), lançado ano passado pelo governo federal, o valor de outorga estimado para os quatro aeroportos que compõem o Bloco Centro-Oeste será de R$ 105 milhões.

Esse valor refere-se à outorga inicial, mais a estimativa de arrecadação com as outorgas variáveis. O investimento estimado é de R$ 791 milhões para todo o bloco. Deste montante, a expectativa é que sejam investidos cerca de R$ 70 milhões no terminal rondonopolitano. A nova concessão à iniciativa privada terá prazo de duração de 30 anos, com prorrogação de mais cinco.

Atualmente, a média de pessoas que circulam por ano no terminal fica em torno de 70 a 80 mil. O aeroporto Marinho Franco opera com um voo diário regular da Azul Linhas Aéreas, no período da noite, entre Rondonópolis e Campinas (SP). Em breve, deverá, também, passar a contar com uma linha nova, operada pela Asta Linhas, com dois voos diários para Cuiabá, um no início da manhã e outro no final da tarde.

Futuros investimentos

Os futuros concessionários deverão realizar os investimentos necessários para a melhoria do nível de serviço e expansão da infraestrutura, sendo que todos os aeroportos deverão estar aptos a operar, no mínimo, aeronaves Código 3C (Airbus 318, Boeing 737-700 ou a maioria dos aviões Embraer), por instrumento, sem restrição. A vencedora ficará responsável pela administração, ampliação, melhorias e demais investimentos nos terminais.

Fonte | Assessoria

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