Socorristas tentaram por cerca de 30 minutos reanimar o condutor, que morreu após ser retirado do trem que bateu em outro em São Cristóvão.

Após mais de sete horas de um resgate dramático, morreu o maquinista que retirado das ferragens de um dos dois trens que bateram às 6h55 desta quarta-feira (27), em São Cristóvão, Zona Norte do Rio. Os bombeiros tentaram reanimar a vítima por quase 40 minutos, mas ele não resistiu.

Ele foi retirado por volta das 14h30, em uma maca, desacordado e imobilizado. Os bombeiros seguiram por mais de 30 minutos com procedimentos de reanimação, com massagem cardíaca e uso de desfibrilador, mas não conseguiram salvá-lo. Mais de 20 homens participaram da operação.

Um helicóptero da corporação chegou a pousar na rua ao lado da Quinta da Boa Vista, que foi interditada. A aeronave, no entanto, deixou o local sem levar o maquinista.

Enquanto estava preso nas ferragens, ele foi mantido vivo respirando com auxílio de um balão de oxigênio e com transfusão de sangue e aplicação de soro. A corporação informou que ele estava lúcido e conversou com bombeiros.

Agentes usaram maçaricos e outras ferramentas para tentar liberar espaço retirando peças das ferragens. Os outros, com mangueiras, resfriavam o trem e evitaram um possível incêndio. Além do maquinista, outras oito pessoas ficaram feridas no acidente. Sete delas foram levados para o Hospital Souza Aguiar e já receberam alta, e um foi para o Salgado Filho, no Méier, onde segue internado, com quadro estável.

O encanador Sandro Ricardo Moreira, morador de Duque de Caxias, estava indo para Cascadura e teve uma luxação no joelho esquerdo durante a colisão do trem. Sandro contou que a composição ficou parada por dez minutos antes do impacto.

“Eu rolei no chão, bati e machuquei”, disse o encanador, que todos os dias faz a baldeação na estação de São Cristóvão. O acidente A colisão aconteceu entre um trem do ramal de Deodoro, que vinha da Central, e uma composição ainda não identificada que também saiu da Central. Um dos trens estava parado quando o outro bateu. O choque foi tão violento que a locomotiva de um dos trens se soltou do chassi e ficou esmagada.

Em nota, a concessionária informou que uma sindicância foi instaurada para apurar as causas do choque. A Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro) informou, em nota, que está investigando as circunstâncias do acidente.

“Equipes técnicas foram enviadas à estação para fazer o levantando do local do acidente. Além das causas da colisão, também serão objeto de análise pela agência reguladora a adequação do atendimento prestado aos usuários pela concessionária SuperVia e dos procedimentos adotados para o restabelecimento da normalidade na operação comercial dos trens. A concessionária poderá ser multada”, diz a nota.

Fonte | G1
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