A defesa do deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) pediu ao desembargador Rondon Bassil Dower Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que fosse afastada a competência do Tribunal Pleno em julgar o processo da Operação Rêmora. O parlamentar defende que eles sejam julgados apenas pelas Câmaras Criminais Reunidas.

Maluf é réu em ação referente a Operação Rêmora, que investiga desvio de recursos públicos da Secretaria de Educação. A operação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), em 2016.

O parlamentar foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por organização criminosa, corrupção passiva e embaraçamento da investigação. A apuração mostra que 23 empresários participavam do cartel e tinham apoio de três funcionários da Secretaria de Educação e ajuda de mais um proprietário de construtora que agia como braço direito das negociações.

O esquema consistia em aprovar a contratação de construtoras, sem a realização de processo licitatório, mediante o pagamento de propina que 5% e 3% sobre o valor das obras.  Se a obra fosse de reforma em escola, era 5% de R$ 400 mil. Se fosse de construção de novas escolas, era 5% de R$ 5 milhões.

Maluf é um dos favoritos para a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que pertencia ao ex-deputado estadual Humberto Bosaipo, destravada recentemente por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Fonte | Hipernotícias
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