Pelo que eu sei, poucas são as pessoas que, por curiosidade ou necessidade, olharam a página de abertura (ou homepage) do Facebook com um pouco mais de cuidado e atenção. Não que isso seja um caso assim de vida ou morte. Longe disso! Mas, no mínimo, é algo deveras interessante e revelador, em especial para nós, eternal learners.

Para começar, a frase “O Facebook ajuda você a se conectar e compartilhar com as pessoas que fazem parte da sua vida.” revela um bocado de exagero, já que nem todas “as pessoas que fazem parte da sua vida” estão no Facebook. Seja por opção pessoal, desconhecimento tecnológico ou simplesmente porque preferem o InstaGram, o Twitter, o WhatsApp etc.

Já a seção “Abra uma conta.” garante que ele “É gratuito e sempre será.” Entretanto, um pouco mais abaixo, eis a seguinte mensagem: “Ao clicar em Inscreva-se, você concorda com nossos Termos, Política de Dados e Política de Cookies. Você pode receber notificações por SMS e pode cancelar isso quando quiser.” – o que revela que esse “gratuito” é muito relativo, e perigoso, como ficou evidente nas notícias sobre os vazamentos ocorridos e os supostos compartilhamentos de dados permitidos pela empresa de Mark Zuckerberg. Daí, olhando-se com um pouco mais de atenção, lê-se a mensagem “Criar uma Página para uma celebridade, banda ou empresa.” Ou você nunca reparou nisso?

No final da página, estão as diversas línguas em que o Facebook pode ser acessado (tendo o português do Brasil e o inglês dos Estados Unidos como as primeiras da lista) e, um pouco mais abaixo, um menu de opções que resumem o que o site oferece, desde a opção “Inscreva-se”, passando por “Criar anúncio” e finalizando com “Ajuda”. Detalhe: se você quiser visualizar todas essas opções na língua inglesa (ou em qualquer outra ali disponível), basta clicar no link correspondente e, voilà, tudo (e um algo a mais) estará na English language, por exemplo. Mas creio que um percentual ínfimo dos seus usuários brasileiros tenha feito isso, até hoje…

Lançado no dia 4 de fevereiro de 2004, nos Estados Unidos, em apenas uma década e meia, o Facebook se transformou numa potência global, numa dor de cabeça para muita gente e também numa ferramenta interessante para a aprendizagem de idiomas, em especial do inglês. Tanto isso é verdade, que o próprio nome do site (ou da empresa) raramente é pronunciado de forma equivocada em qualquer lugar do mundo, embora coloquem lado a lado, num processo de composição por justaposição, as palavras face (face, cara, rosto – em português) e book (livro, geralmente). Ou seja, falamos /feisbuk/, mas escrevemos facebook – assim mesmo com inicial minúscula, quando logomarca!

Daí, uma vez que você entrou na sua conta, ou de outrem, são várias as alternativas oferecidas, como postar algo, ver o que outros postaram, visualizar e curtir fotos, vídeos próprios ou de outras pessoas, usar o Messenger etc. Quem utiliza o Facebook com certa frequência sabe que o famoso “só por uns minutinhos” podem se transformar em horas na frente do computador ou do celular. Eu, particularmente, uso relativamente pouco o Facebook. Meu ritual inclui postar alguns prints e raras fotos de manhã bem cedo, geralmente antes das 6h, e curtir as postagens ou ler as mensagens de um ou outro amigo (dos poucos) que tenho na minha conta. Minhas postagens, aliás, são quase 100% em inglês, bem como o meu perfil. Longe de ser exibicionista ou algo do tipo, eu me decidi a tê-lo assim desde o meu ingresso no FB (forma curta para Facebook, of course) e logo eu me acostumei a essa realidade, que na verdade também é o meu dia a dia na vida real. Ou seja, minha vida profissional (e às vezes a pessoal também) tem muito da presença da English language.

Eis, portanto, uma oportunidade, como dito anteriormente, muito interessante, barata e divertida, dependendo do ponto de vista, para aqueles que dizem querer melhorar a sua proficiência ou fluência na língua inglesa. Para esses, fica aqui mais uma dica: como existem muitos perfis falsos nas redes sociais, please tome as suas devidas precauções ao utilizar o Facebook e o Messenger. Afinal, às vezes, se isso acontecer, ser hackeado será o menor dos seus problemas…

Fonte | Jerry Mill -Mestre em Estudos de Linguagem (UFMT), presidente da Associação Livre de Cultura Anglo-Americana (ALCAA), membro-fundador da ARL (Academia Rondonopolitana de Letras), associado honorário do Rotary Club de Rondonópolis e autor da biografia Lamartine da Nóbrega – Uma História Como Nenhuma Outra

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