Menor envolvido em crime já foi identificado

A Polícia Judiciária Civil prendeu na tarde de sábado (05) o segundo suspeito envolvido na morte do professor universitário Francisco Moacir Pinheiro Garcia, 53, em dezembro do ano passado. Preso pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Sinop (503 km ao Norte), o suspeito afirmou que a vítima sofreu uma emboscada.

Victor Fernando de Oliveira, 20, contou em depoimento que agiu em conjunto com outros dois suspeitos. Um deles (Rodrigo Pozzer, 32), possuía relalacionamento afetivo com a vítima e residia na mesma casa, e foi preso na sexta-feira (04), em Sorriso (Saiba mais AQUI)O outro comparsa é um adolescente, já identificado.

Em interrogatório, Victor declarou que não conhecia a vítima e Rodrigo Pozzer entrou em contato com ele, após pegar seu contato com o adolescente que trabalha em uma academia, dizendo que “tinha um corre pra fazer”. O suspeito afirmou que Rodrigo combinou que era para ele e o menor irem até o condomínio onde a vítima morava, se esconderem em área de mato nas proximidades e que quando Rodrigo passasse na frente iria dar sinal luminoso com o veículo para que realizassem a simulação de um assalto.

Ainda de acordo com o depoimento de Victor, Rodrigo havia dito que levaria a vítima para um local ermo (mata) e que a amarraria. Mas que ao chegar nesse local (nas proximidades do município de Cláudia), a vítima teria percebido que o amigo (Rodrigo) estava envolvido com os assaltantes.

Nesse momento, Victor afirma que Rodrigo teria mandado a vítima descer do carro e seguido com ela por alguns metros em uma propriedade rural, deixando os dois comparsas no veículo. O depoente declarou que pouco tempo depois (aproximadamente 10min) foram ouvidos disparos de arma de fogo (provavelmente de calibre. 22).

Victor afirmou que houve a promessa, por parte de Rodrigo, de pagamento de R$ 25 mil. O comparsa teria comentado que venderia o carro da vítima e também a casa de propriedade do professor.

De acordo com o delegado titular da Derf Sinop, Ugo Ângelo Reck de Mendonça, o caso segue em investigação buscando individualizar as condutas e identificar a participação real de cada um dos três envolvidos no crime.

As duas prisões (de Victor e Rodrigo) são decorrentes de cumprimentos de mandados de prisão temporária representadas pela Polícia Civil. O delegado já representou pela conversão da prisão temporária dos suspeitos por preventiva.

As diligências para a prisão de Rodrigo contaram com apoio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Capital.

O caso

O desaparecimento  da vítima foi comunicado na Polícia Judiciária Civil em 20 de dezembro, por uma amiga, que contou que tentou manter contato por ligações e mensagens com o amigo, e uma pessoa respondeu com vários erros de português, o que seria improvável ser a vítima já que é professor.

A foto do perfil no whatsapp também tinha sido retirada. O telefone estava dando desligado, o veículo da vítima também não foi encontrado na casa dele. A vítima tinha uma consulta marcada no dia 19/12 devido uma cirurgia que fez no braço, mas a atendente disse que ele havia pedido para remarcar a consulta, pois estava em viagem com problemas pessoais. Na mesma data a vítima falou a parentes que tinha indo na consulta e estava tudo bem, indicando que alguém estava usando o aparelho celular da vítima.

Cinco dias antes da comunicação do desaparecimento (15.12), um corpo foi localizado às margens de uma rodovia entre os municípios de Claudia e União do Sul e estava até então sem identificação.

A amiga da vítima reconheceu o corpo no IML de Sinop como sendo o professor.

Fonte | Folhamax
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