A Secretaria Municipal de Saúde de Rondonópolis, através do Departamento de Ações Programática, vai lembrar o Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doença Falciforme realizando visitas domiciliares às aproximadamente 100 famílias cadastradas no programa de saúde, a partir deste sábado (27).

As visitações serão realizadas pela equipe do Programa Municipal de Atenção Integral à Pessoa com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias com o objetivo de garantir alguma demanda que por ventura ainda não tenha sido atendida, caso seja de competência municipal.

A ação faz parte do amplo trabalho de sensibilização e conscientização nos vários setores do serviço público que envolvem pacientes portadores da doença Falciforme, procurando garantir o Princípio da Equidade – SUS, com prioridades e tratamento mais humanizado.

A data celebrada neste dia 27 de outubro faz alusão a doença Falciforme, enfermidade hematológica hereditária mais comum no Brasil. O gene alterado causador da doença é originário do continente africano. Quando ela ocorre no Brasil, afeta primordialmente pessoas afrodescendentes devido a ampla miscigenação da população brasileira, tornado essa doença um problema de saúde pública.

Em Rondonópolis, a incidência do Traço Falciforme é expressiva. São em média dois a três novos casos anualmente. Somente no primeiro semestre deste ano, foram dois novos casos diagnosticados em neonatos e um em pessoa adulta.

A doença Falciforme compromete o fluxo sanguíneo pela má formação das hemácias, ocasionando a necrose progressiva de tecidos e órgãos, de modo que os portadores da doença falciforme apresentam sintomas por toda a vida, entre outras consequências. São comuns as complicações como crise de dor muscular nos braços, pernas e articulações, no tórax, abdômen e costas, icterícia, infecções como pneumonia, anemia crônica, inchaço e dor nos ossos das mãos e dos pés, e acúmulo de sangue no baço.

Em Mato Grosso, essa doença é triada no Teste do Pezinho desde 2010. As crianças que nasceram antes dessa data e necessitem do teste, precisam procurar um médico solicitando o exame Eletroforese de Hemoglobina que pode ser realizado pelo SUS de forma gratuita. A doença tem tratamento de alto custo, arcado pelo Ministério da Saúde e a cura se dá primordialmente pelo Transplante de Medula Óssea, realizada mediante critérios rigorosos estabelecidos pelo SUS.

Fonte | Assessoria

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