Segundo um estudo australiano, a maioria dos pais se sente estressado e um número preocupante deles acaba usando a disciplina física para punir seus filhos. Por isso, especialistas montaram uma lista com 4 coisas que todo pai e mãe deve saber para controlar os ânimos e lidar melhor com os filhos

Ter filhos é ótimo, mas quem já não se sentiu estressado por causa do comportamento deles? O desafio diário de não perder a cabeça e conseguir educar da melhor forma possível não é nada fácil.

Segundo Pesquisa Nacional de Saúde Infantil do Royal Children’s Hospital – realizada de forma trimestral online com 2 mil famílias com crianças – revelou que um a cada quatro (27%) pais australianos se sente estressado todos os dias. Dois terços (69%) ​​pelo menos uma vez por semana. Quase metade (45%) disseram que passam muito tempo pensando sobre como administrar o comportamento de seus filhos e um terço (32%) se sentem sobrecarregados com a questão.

Uma proporção preocupante dos pais relatou também o uso de estratégias negativas para punir seus filhos. De acordo com o estudo, 4% das crianças foram fisicamente disciplinadas “bastante ou na maior parte do tempo” no último mês, 13% “algumas vezes” e mais 24% “raramente”. Segundo o estudo, disciplina física é qualquer ato que cause dor física ou desconforto em resposta a um comportamento, incluindo dar palmadas, beliscar ou puxar.

4 ESTRATÉGIAS QUE TODO PAI DEVE CONHECER

Pai perfeito não existe. No entanto, os especialistas lembram que há estratégias capazes de melhorar a convivência e, principalmente, manter a calma nos momentos mais estressantes. Confira!

1. Parentalidade é estressante De acordo com o estudo, ter consciência de que a missão de educar uma criança pode ser extremamente cansativa já é um bom começo. No entanto, é fundamental reconhecer quando os níveis de estresse estão chegando ao limite e tomar atitudes para reduzi-los. Até porque um pai estressado pode piorar os problemas de comportamento infantil.

A pesquisa mostrou que quase metade dos pais (45%) disse que não estava confiante se saberia onde conseguir ajuda se precisasse. A sugestão, segundo os pesquisadores, é buscar apoio em grupos de pais e profissionais especializados em saúde infantil, como pediatras e psicólogos.

2. Seu filho pode estar agindo conforme a idade Já lhe ocorreu que o seu filho pode não estar se comportando mal? Ele pode estar apenas agindo conforme sua idade. Segundo o estudo, as crianças se comportam de maneiras diferentes, dependendo de sua idade, temperamento, estágio de desenvolvimento e situação.

No entanto, a pesquisa mostra que um terço dos pais acredita que as crianças devem estar sempre em seu melhor comportamento, sugerindo que eles têm expectativas irreais sobre a capacidade delas. Ou seja, é normal que uma criança tenha dificuldade em regular suas emoções, tenha acessos de raiva, teste seus limites ou resista à hora de dormir ou comer. É um estágio normal de desenvolvimento na idade pré-escolar.

3. Elogiar (do jeito certo) é melhor do que punir O estudo descobriu que a maioria dos pais usa estratégias positivas, como elogios e recompensas, para promover um bom comportamento. Não importa quantos anos as crianças tenham, o encorajamento vai ajudá-las a se sentirem bem consigo mesmas.

Mas, segundo o estudo, é importante estar atento a forma como esse elogio é feito. Dizer “gosto da maneira como você compartilha seus brinquedos com seu irmão” é mais eficaz do que elogios genéricos como “você é uma boa menina”.

Por outro lado, a pesquisa também revela que as crianças que sofrem castigos físicos são mais propensas a desenvolverem comportamentos agressivos. A disciplina física também é uma estratégia menos eficaz para incentivar o comportamento desejado, porque se concentra no que não fazer, em vez de modelar ou reforçar o comportamento desejado.

4. Pedir desculpa é fundamental Quase metade dos pais (48%) disseram que perdem a paciência muito rapidamente, e um em cada três (36%) disse que muitas vezes se sente culpado depois. Esses sentimentos foram mais comuns entre os pais que relataram o uso de disciplina física com mais frequência.

Por isso, os especialistas sugerem que, em momento de estresse, o melhor é parar, respirar e recuar. Ver as coisas do ponto de vista do filho e entender que, muitas vezes, ele não têm a capacidade de raciocinar e racionalizar como um adulto, também ajuda. Ainda segundo o estudo, ao perder a calma, peça desculpas. Pois isso os ajudará a entender o que aconteceu e também estará modelando um comportamento respeitoso.

Fonte | Revista Crescer
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