Parlamentar gastou R$ 268 mil com locação e fretamento de aeronaves, combustíveis, entre outras despesas em seis meses.

O deputado federal Valtenir Pereira (MDB) foi o parlamentar mato-grossense que mais gastou recursos da cota parlamentar, conhecida antigamente como verba indenizatória, nos seis primeiros meses de 2018. Valtenir, que é pré-candidato à reeleição, gastou R$ 268,4 mil de janeiro a julho deste ano. Em julho, até o fechamento do levantamento na segunda-feira (23), o deputado havia gasto R$ 1.737,37.

A verba é calculada para cada Estado separadamente. Para Mato Grosso, o valor máximo mensal para cada parlamentar é de R$ 39 mil. Em média, Valtenir gastou R$ 44,6 mil por mês. Os dados estão disponíveis no portal da transparência da Câmara dos Deputados. Todos os deputados de Mato Grosso gastaram, juntos, R$ 1,6 milhão em seis meses.

No período pesquisado, Valtenir utilizou R$ 53.277,39 da cota para manutenção de seu escritório em Cuiabá, R$ 75.380,00 para locação ou fretamento de aeronaves, R$ 31.573,59 com combustíveis, R$ 39.127,70 com a emissão de bilhetes aéreos, entre outros gastos.

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O segundo deputado que mais consumiu a cota foi Fábio Garcia (DEM). O democrata chegou a valores próximos de Valtenir, tendo gasto R$ 238,6 mil de janeiro a julho, sendo seguido por Victório Galli (PSL) com $ 228,3 mil, Nilson Leitão (PSDB) com R$ 228 mil, Carlos Bezerra (MDB) com R$ 216,9 mil, Ságuas Moraes (PT) com R$ 202,9 mil e Ezequiel Fonseca (PP) com R$ 158,3 mil. Destes, apenas Ságuas Moraes não é candidato a qualquer cargo neste ano.

O mandato do deputado federal Adilton Sachetti, pré-candidato ao Senado, consumiu R$ 89,9 mil da cota parlamentar nos seis meses pesquisados, enquanto seu suplente, Xuxu Dalmolin (PSC), consumiu outros R$ 62,6 mil.

A verba pode ser utilizada para indenizar despesas com: passagens aéreas; telefonia; serviços postais; manutenção de escritórios de apoio à atividade parlamentar; assinatura de publicações; fornecimento de alimentação ao parlamentar; hospedagem; outras despesas com locomoção, contemplando locação ou fretamento de aeronaves, veículos automotores e embarcações, serviços de táxi, pedágio e estacionamento e passagens terrestres, marítimas ou fluviais; combustíveis e lubrificantes; serviços de segurança; contratação de consultorias e trabalhos técnicos; divulgação da atividade parlamentar, exceto nos 120 dias anteriores às eleições; participação do parlamentar em cursos, palestras, seminários, simpósios, congressos ou eventos congêneres; e a complementação do auxílio-moradia.

Em junho, depois que um levantamento apontou que Valtenir Pereira havia gasto o maior valor da cota no mês anterior, o deputado justificou citando o tamanho continental de Mato Grosso e seu trabalho junto aos municípios.

Fonte | RepórterMT
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