Médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde participaram nesta sexta-feira, 19, de uma capacitação que aborda o tratamento, prevenção de incapacidades em hanseníase, além de ações que promovam a prevenção do estigma e discriminação. As palestras promovidas pela Secretaria Municipal de Saúde fazem parte das ações desenvolvidas dentro da ‘Campanha Janeiro Roxo’, que tem como foco a conscientização e o debate sobre a doença.
De acordo com a secretária de saúde, Laura Leandra, a capacitação é uma forma de intensificar o diagnóstico da doença nas unidades básicas de saúde. “Basicamente o diagnóstico da hanseníase é clínico, por isso, buscamos realizar atividades para que cada vez mais os profissionais de saúde estejam aptos a identificar a enfermidade”.
Cerca de 130 profissionais participaram da capacitação realizada na Unidade de Pronto Atendimento, UPA. Durante o encontro foram ministradas palestras com os especialistas em hanseníase, Lourenço Ribeiro da Cruz Neto, Patrícia Lohanna de Souza Nunes e Juliana Santos Braga Gentil.
Outras ações foram realizadas para esclarecer a sociedade sobre a gravidade da doença e capacitar o maior número de profissionais de saúde, para um preparo técnico de diagnóstico e tratamento precoce. A secretária informou ainda que no último domingo de janeiro, em que é celebrado o Janeiro Roxo, será realizado o Dia D, no Lago Municipal. Laura salientou que no município foram notificados 27 casos de hanseníase no ano passado. “Temos uma população rotativa, em que várias pessoas saem de outros estados para trabalhar nas fazendas e por falta de conhecimento não procuram a unidade de saúde e transmitem a doença”.
Sobre a Hanseníase
A Secretaria de Saúde disponibiliza um atendimento amplo aos casos suspeitos ou confirmados, como acolhimento, atendimentos psicológicos, além de medicação. A hanseníase é uma doença antiga e era conhecida como ‘lepra’. Ela é causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae e é infecciosa. No Brasil é considerada um problema de saúde pública, uma vez que ocorrem cerca de 30 mil casos novos por ano, no entanto é uma doença que tem cura. O tratamento é feito por meio da Poliquimioterapia (PQT), que após iniciar o uso dos medicamentos, a doença deixa de ser transmissível em cerca de quatro dias.
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