Não sei se você já percebeu isso, mas pais (ou responsáveis) e alunos geralmente têm três (ótimas) perguntas guardadas na manga para fazer quando procuram uma escola de idiomas. Primeira: Não tem desconto (na mensalidade ou no material)? Segunda: O curso dura quantos anos? Terceira: A pessoa fica fluente em quanto tempo? Todas elas são perguntas muito interessantes e pertinentes, sem dúvida, mas com uma resposta cheia de complexidade e suposições para cada uma…

A questão do desconto revela a (feia) mania do brasileiro de pechinchar, levar vantagem e, em última instância, desvalorizar a “educação de qualidade” que ele gostaria de receber. É essencial lembrar que escolas particulares são instituições que, com ou sem crise, deveriam ser mais visitadas ou ajudadas pelos pais (ou responsáveis) e pelos próprios alunos, pagar menos impostos, etc. Na prática, sei muito bem, não é isso o que acontece…

A questão da duração do curso está intimamente ligada à idade do aprendiz e suas prioridades atuais e futuras. Uma criança de 6/7 anos não pode terminar seus estudos linguísticos com apenas 10/11 anos. Nessa idade, ela não sabe nem o suficiente em português! (Pré-)adolescentes costumam terminar o curso com 15-17 anos, mas ainda estão longe da maturidade linguística almejada. Já os adultos, dependendo de variáveis como a idade e a modalidade de ensino-aprendizagem escolhida, podem passar bem menos ou (o mais comum) bem mais que 3-4 anos para concluir um curso de idiomas.

Por fim, a questão da fluência e a mais complexa de todas, pois depende quase que exclusivamente do esforço e da dedicação de cada aprendiz dentro e fora da sala de aula, bem como de aspectos relevantes como jeito de ser, ver e encarar a vida, tempo de exposição diária ao idioma-alvo, “facilidade”, etc. O fato é que essa tal “espontaneidade” (mormente) na hora de falar, não é a mesma que se observa na hora de escrever, myfriend. Pense nisso!

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