O setor de telemarketing emprega milhares de brasileiros. Mas ao mesmo tempo em que gera oportunidades de trabalho, principalmente para os mais jovens, também traz riscos à saúde auditiva. Estudos mostram que os operadores de call center podem ter a audição prejudicada, por falta de orientação ao exercer seu ofício, o que vem chamando a atenção de médicos otorrinos e fonoaudiólogos. Como doença ocupacional, a Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados (PAINPSE) pode atingir trabalhadores expostos por um longo período de tempo, a ruídos acima de 80 decibéis (medida do som). Uma carga horária de oito horas de trabalho, por exemplo, com exposição contínua a esse volume, pode danificar as células da orelha interna gradativamente. O que mais preocupa é a rotina dos atendentes de telemarketing, que no ambiente de trabalho precisam usar fone de ouvido unilateral, com o volume variando de 60 a 90 decibéis. O fone unilateral pode causar danos irreversíveis à audição se não for usado corretamente. Estudos comprovam que muitos atendentes desenvolvem perdas auditivas unilaterais progressivas, que depois podem vir a ser bilaterais. A fonoaudióloga Rafaella Cardoso, especialista em Audiologia e Vendas na Telex Soluções Auditivas, dá orientações para se evitar os danos à audição. “O operador de telemarketing precisa lembrar de sempre revezar o lado de colocação do fone, da orelha direita para a esquerda e vice-versa. Além disso, precisa dar pausas de pelo menos 10 minutos para cada hora de trabalho; e manter o volume do fone baixo, em torno de 60 decibéis, nível normal de uma conversa. Precisa também realizar exames audiométricos anualmente para checar seu nível de audição”, aconselha. Sobre o uso correto do headset (tipo de fone utilizado na função), muitos operadores revelam que não fazem a troca de orelha por hábito, por sentirem maior conforto com o fone em determinada orelha; ou ainda por terem a sensação de ouvir melhor de um lado do que de outro. O uso excessivo do fone em apenas uma orelha pode esgotar a energia mental. Além disso, a maioria dos funcionários de call center revelou que prefere aumentar o volume do fone para ouvir melhor o cliente do outro lado da linha telefônica, visto que normalmente o ambiente de trabalho é bastante ruidoso. Tais descuidos podem causar danos cada vez maiores à audição do atendente, comprometendo a qualidade de seu trabalho e seus anseios de melhoria profissional no futuro. “É importante que haja um controle rígido quanto às medidas preventivas em relação à saúde auditiva do operador de call center. Quando já existe perda de audição, a solução pode ser o uso de aparelho auditivo. Quanto mais rápida for descoberta a perda auditiva, melhor”, alerta a fonoaudióloga. Depois da orientação de um otorrinolaringologista e de um fonoaudiólogo, é indicado o tipo e modelo de aparelho que atende melhor às necessidades do paciente. Atualmente, há uma diversidade de próteses auditivas, pequenas e discretas. Os aparelhos da Telex, por exemplo, são adequados para diferentes graus de perda de audição, tem várias cores e modelos, design moderno e tecnologia de ponta, que possibilita, inclusive, a conexão com celular, TV, notebook e outros eletrônicos, via bluetooth. Consequências da perda auditiva:
  • Não existe tratamento clínico ou cirúrgico para recuperação das células ciliadas, responsáveis pela audição. Quando elas morrem, não podem ser regeneradas. O problema é irreversível;
  • Se tratada, a perda auditiva não provoca incapacidade para o trabalho; mas se não for tratada, pode ocasionar dificuldades na realização das tarefas;
  • Em geral, a reabilitação é feita por meio de ações terapêuticas e uso de aparelho auditivo.
Via | Assessoria
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