O glaucoma não tem cura. Contudo, existem diversas formas de controle da doença disponíveis que permitem oferecer aos pacientes com glaucoma uma vida normal. A oftalmologista Heloísa Ramos Aguiar de Freitas, credenciada ao Mato Grosso Saúde pela Clínica Vida, observa, neste Dia Mundial do Glaucoma (26.05), que quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as probabilidades de se evitar a perda da visão.
“Na maioria dos casos, desde que o glaucoma seja tratado adequadamente poderemos controlar eficazmente a doença”, orienta a especialista. Heloísa ainda explica que o glaucoma é uma doença ocular causada principalmente pela elevação da pressão intraocular que provoca lesões no nervo ótico e, como consequência, comprometimento visual. Se não for tratado adequadamente, pode levar à cegueira. “No glaucoma, o tratamento tem como objetivo reduzir ou estabilizar a pressão intraocular. Quando este objetivo é atingido, o dano das estruturas oculares, principalmente do nervo óptico, pode ser evitado”, pondera a médica. Na maioria dos casos, o tratamento de glaucoma pode ser realizado apenas com o recurso dos colírios hipotensores (para baixar a pressão), não sendo, portanto, necessário qualquer tipo de tratamento cirúrgico. Alguns pacientes, no entanto, podem necessitar de tratamento cirúrgico de modo a reduzir a pressão intraocular para níveis mais baixos. “Tratamento inadequado ou falta de tratamento podem levar à cegueira. Consulte com regularidade o oftalmologista. O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento”, alerta a médica. Tipos da doença Há vários tipos de glaucoma. Os principais são os glaucomas de ângulo aberto ou fechado, que representam cerca de 80% dos casos, incidem nas pessoas acima de 40 anos e podem ser assintomáticos. Ele é causado por uma alteração anatômica na região do ângulo da câmara anterior, que impede a saída do humor aquoso, aumentando a pressão intraocular. A principal característica do glaucoma de ângulo fechado, detalha a especialista, é o aumento súbito de pressão intraocular. Este tipo é mais incomum, porém de alta prevalência. Existem ainda os glaucomas secundários, segundo a médica, que são decorrentes de enfermidades como diabetes, inflamações, o uso de medicamentos como os corticóides, inflamações intraoculares (uveítes), e até mesmo a catarata. “A doença é assintomática no início. A perda visual só ocorre em fases mais avançadas e compromete primeiro a visão periférica. Depois, o campo visual vai se estreitando progressivamente até transformar-se em visão tubular. Sem tratamento, o paciente fica cego”, reforça a oftalmologista. Sintomas De modo geral, dois sinais merecem a atenção: pressão intraocular acima da média e alterações no nervo ótico, perceptíveis no exame de fundo de olho. Outros fatores podem ajudar a confirmar o diagnóstico. Os principais fatores de risco para a doença, de forma geral, são a raça negra, a idade avançada, em especial pacientes acima dos 35 anos e portadores de doenças crônicas como diabetes e miopia. Outro fator de risco importante é a história familiar, com pacientes de primeiro grau que sofrem da doença. “Não se descuide da adesão e regularidade do tratamento quando diagnosticado o glaucoma. Muitas pessoas deixam de seguir as recomendações do médico pela ausência de sintomas. Isso pode ter graves consequências”, completa a oftalmologista.
Via | Assessoria
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