Os criminosos alvos da Operação Grão Branco, deflagrada nesta quinta-feira (6), montaram um esquema de rede de transportadora para esconder drogas durante os carregamentos de grãos que eram transportados de Mato Grosso para São Paulo. O nome da operação deve-se ao transporte de grãos, como soja e milho do estado de Mato Grosso para São Paulo para justificar as viagens das carretas que transportavam a cocaína. Os produtores de grãos não tem envolvimento com o esquema, segundo a polícia. Eles contratavam a transportadora para fazer o carregamento da produção, mas não sabiam da camuflagem da droga durante o transporte. As investigações tiveram início em janeiro de 2019, quando a Polícia Federal e o Grupo Especial de Fronteira (Gefron) de Mato Grosso, apreenderam 495 kg de cocaína no município de Nova Lacerda, no sudoeste do estado. “É um trabalho que se iniciou há mais de 3 anos. No decorrer das investigações, conseguimos identificar quem ramificava a droga para o Brasil. Ele controlava as aeronaves que transportavam as drogas, as pessoas que ficavam nas pistas e recebiam e transportavam as drogas”, explicou. Em São Paulo, após a entrega dos grãos, haviam pessoas que guardavam as drogas em galpões. Ao longo da operação, foram realizados mais de dez flagrantes com apreensão de aproximadamente 4 toneladas de cocaína, aeronaves e veículos utilizados no transporte e a prisão de mais de 20 pessoas envolvidas com o crime O líder da organização criminosa, já condenado por tráfico de drogas, encontrava-se foragido da justiça brasileira e controlava toda a logística do transporte da droga a partir de uma mansão em um condomínio de luxo em Santa Cruz de La Sierra – Bolívia, desde a saída da droga daquele país por meio de aeronaves, até o recebimento dela em pistas clandestinas no Brasil, o carregamento em carretas e a entrega em grandes centros do país. Durante a operação, 10 aeronaves, também usadas nesse transporte de drogas, foram apreendidas. Os mandados expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal de Cáceres (MT) são cumpridos em Mato Grosso e outros oito estados: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Amazonas, Maranhão, Pará, Rio Grande do Sul e Paraná.
Via | G1
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