Saber que não estão sozinhas e têm com quem contar em momentos de pânico traz alento às mulheres que possam estar sofrendo em um relacionamento abusivo. No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a Secretaria Municipal de Promoção e Assistência Social tem intensificado o alerta sobre violência de gênero e ataques às mulheres, sejam psicológicos, emocionais, financeiros, patrimoniais ou físicos, em lives e debates em diversos veículos de comunicação. Abrindo a semana, a psicóloga do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Rafaela Alves Scaramal conversou, na segunda-feira (08), através de live, com internautas sobre as formas de violência doméstica, suas implicações e consequências, além da sua prevenção e combate. Dando seguimento à programação, na sexta-feira (12), às 14 horas, acontece, por meio de live, uma roda de conversas, organizada pela Promoção e Assistência Social em conjunto com o Poder Judiciário, exclusiva para os atores da Rede de Garantia de Direitos das Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e, ainda, para alguns convidados representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além dos Conselhos que formam o Sistema de Garantia de Direitos e de algumas instituições da sociedade civil. Como será um encontro restrito, os convidados receberão, individualmente, o link de acesso para o debate virtual. A restrição a esses convidados se deve ao fato de se tratar de uma reunião de trabalho que será feita em ambiente on-line, por conta da pandemia, com o intuito de articular e integrar os serviços que compõem a rede. “Ainda há muitas mulheres que não conhecem plenamente seus direitos e, mais do que isso, nem sempre sabem onde procurar proteção. Nesse sentido, a rede precisa estar integrada para aprimorar os caminhos aos quais a vítima de violência doméstica pode recorrer”, enfatiza Rafaela. Durante as discussões haverá dois momentos. De início, os integrantes da Rede de Garantias dos Direito das Vítimas de Violência Doméstica que lidam diretamente com o atendimento às demandas de agressão às mulheres em Rondonópolis farão sua explanação. São eles: o delegado da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM), Fernando Fleury da Mota, a juíza da Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar, Maria Mazarelo, o promotor de justiça Augusto Cesar Fuzaro, além das psicólogas do Fórum Raphaela Marques Monteiro, do Creas Rafaela Alves Scaramal e da assistente social do Sistema de Vigilância de Violência e Acidentes, o Ambulatório Viva, Edna Rodrigues. Após a apresentação desses atores, o diálogo será aberto para trocas de ideias e perguntas com os participantes do Poder Executivo – as Secretarias Municipais de Habitação e Urbanismo (Sehau), de Educação (Semed), de Saúde (SMS) de Promoção e Assistência Social – do Poder Legislativo – a Câmara de Vereadores – e do Poder Judiciário – que são as mesmas instituições que contribuem no primeiro momento – dos Conselhos da Mulher, do Idoso, da Criança e do Adolescente e, ainda, da sociedade civil – universidades, Associação das Mulheres da Região Sul de Mato Grosso e Pastoral da Mulher.

Uma nova mentalidade, na qual os gêneros se relacionam em compreensão e entendimento, é possível. E os órgãos do primeiro setor são pilar fundamental na busca por essa mudança de estrutura de vida para a mulher, como acentua a secretária de Promoção e Assistência Social, Neiva de Cól: “Os serviços públicos têm se organizado de forma cada vez mais forte para ofertar condições para que a mulher seja sujeito protagonista de sua vida e que possa ocupar seu lugar, aliás, o lugar que ela almeja, na sociedade. É possível atuar junto à população, formando uma nova cultura com diferentes formas de relacionamento entre os gêneros e, assim, prevenindo futuros atos de violência doméstica. Este é o foco da ação de todos os atores da Rede de Apoio à Mulher Vítima de Violência”.

Denúncias sobre casos de violência contra a mulher são acolhidas na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM), que tem endereço na Rua Armando Farjado 372, Vila Aurora e disponibiliza os telefones 3423-1133/1754 para contato. Outra forma de comunicação com a DEDM é pelo WhatsApp 9 9954-5213. Há mais alguns locais onde é possível denunciar, como o Conselho da Mulher, que se localiza na Avenida Tiradentes 1.904, Centro e atende pelo número 3411-5005 e, também, o 180 da Central de Atendimento da Secretaria Nacional de Política para Mulheres, o 190 da Polícia Militar e o 197 da Polícia Civil.
Via | Assessoria
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