W.M.A, 67 anos, portador de hanseníase e soropositivo, foi deixado na UPA pela filha, que nunca mais voltou, e morreu após 14 dias internado.

Após o Ministério Público Estadual (MPMT) determinar que o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS/VG) averiguasse a situação de abandono em que o idoso W.M.A, 67 anos, se encontrava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Ipase, em Várzea Grande, desde o dia 23 de novembro, o paciente morreu durante a noite desse domingo (06) sozinho na unidade de saúde.

A determinação para que o CREAS averiguasse a situação da família e o motivo pelo qual ninguém voltou para visitar ou buscar W.M.A foi tomada pelo promotor de Justiça da 7ª Promotoria de Justiça Cível de Várzea Grande, Carlos Henrique Richter, no dia 1º de dezembro.

De acordo com relatório do CREAS, referente ao período em que o idoso ficou internado, o paciente que era soropositivo e hanseniano, se negava a aceitar o tratamento. Ressaltou ainda que nenhum familiar voltou à unidade de saúde para procurar pelo paciente.

Segundo o CREAS, a filha do paciente morava com a mãe, separada há mais de 30 anos do pai, numa casa de dois cômodos, sem qualquer condição de receber o paciente. No entanto não há explicação do porquê de a filha não voltar à unidade de saúde para saber do pai.

Ainda de acordo com a determinação do MP, enquanto W.M.A ainda estava internado, era de que o Centro de Assistência Social encontrasse um abrigo na cidade que pudesse receber o idoso. Com resposta sobre caso no prazo de 72 horas.

Fonte | RMT

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