Homem de 54 anos chegou a ser internado em hospital particular devido à falta de vaga no SUS

A Defensoria Pública conseguiu uma vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Lucas do Rio Verde (332 km de Cuiabá) para Severino Gaieski, 54 anos, diagnosticado com pneumonia bacteriana. No início, havia a suspeita de contaminação pelo novo coronavírus, mas o resultado do exame para detecção da Covid-19 foi negativo.

“Foram dois dias de angústia e aflição. O paciente estava com problemas respiratórios e suspeita de estar com Covid-19. Ele teve que ser internado às pressas em UTI de hospital particular”, relembra o defensor público Ubirajara Vicente Luca, que atua na comarca de Sorriso.

Gaieski inicialmente foi diagnosticado com síndrome respiratória grave, com suspeita de Covid-19. O quadro agravou-se rapidamente, uma vez que o aposentado não apresentou sintomas da doença. Cerca de quatro horas após o primeiro atendimento médico, dia 20, ele já estava entubado.

A família não encontrou uma vaga de UTI no Sistema Único de Saúde (SUS) no primeiro momento, então o paciente foi internado na rede particular, acreditando que o problema seria resolvido em pouco tempo. O dinheiro para o pagamento das diárias foi levantado por meio de “vaquinha” entre amigos e familiares.

“Como ele acabou ficando mais dias no hospital, a família não tinha condição de pagar e procurou a Defensoria na terça-feira (24) à noite. Entramos com a ação na mesma noite para que o Estado providenciasse uma vaga de UTI na rede pública, o Estado disponibilizou essa vaga em Lucas do Rio Verde e ele foi transferido na manhã seguinte”, explicou o defensor.

Translado

Houve um impasse sobre quem faria a transferência. Para não ter que pagar mais uma diária no hospital, a família acabou custeando o translado para depois, com o auxílio da Defensoria, conseguir ser ressarcida dos gastos.

“Ficamos preocupados devido ao estado de saúde dele e pelo fato que não tivemos resposta do município de Sinop, responsável pelo transporte para Lucas do Rio Verde, conforme determinava a liminar. Como não conseguimos o transporte, fizemos através da home care particular e ocorreu tudo como previsto, sem nenhuma intercorrência”, relatou Glaucia Gaieski, 42 anos, esposa de Severino.

A comerciante elogiou o atendimento da Defensoria. “Foi excelente, ágil, sem burocracia, e prestou toda assistência até a transferência para o hospital de Lucas do Rio Verde”, disse.

O quadro de saúde de Gaieski apresenta melhoras, mas ainda requer assistência intensiva. O exame de Covid-19, divulgado nesta segunda-feira (30), teve resultado negativo.

“É importante que as pessoas tomem conhecimento da Defensoria Pública, um órgão que está pronto para acolher nesses momentos difíceis, fazendo respeitar nossos direitos de cidadão, agindo com seriedade, rapidez, sem burocracia”, destacou Glaucia.

Fonte | RMT  Foto | Arquivo Pessoal

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