A juíza da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular, Célia Regina Vidotti, condenou o ex-servidor do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), M.C.R., e seu comparsa M.A.S., por se apropriarem de uma motocicleta e extorquirem o proprietário para a devolução do bem. Os dois deverão pagar multa de R$ 5 mil, cada um, e perderão os direitos políticos pelo prazo de 3 anos, além de outras penalidades.  A decisão é do dia 8 de janeiro.

Os dois réus também foram proibidos de contratar com o Poder Público, assim como receber qualquer incentivo ou benefício pelo prazo de três anos. De acordo com a ação, a moto, uma Honda CBX 250 Twister, foi apreendida em novembro de 2009 por falta de pagamento e levada para o pátio do Detran. No mesmo mês, os dois se apossaram da moto.

Enquanto os dois usufruíam do veículo, o dono o vendeu para L.O.N., que procurou o Detran para regularizar os documentos e resgatar a moto. Contudo, o veículo não foi encontrado. L.O.N, que estava sendo atendido por M.C.R., avisou que procuraria a Corregedoria-Geral do Detran (CGD) para providências. O servidor, então, teria anotado o telefone do novo proprietário.

Assim que deixou o órgão, L.O.N teria recebido uma ligação de M.A.S., que avisou estar com a moto e que a tinha comprado pelo valor de R$ 2 mil e que poderia devolvê-la, caso fosse restituído. Em resposta, L.O.N avisou que chamaria a polícia.

Revoltado com a situação, L.O.N. procurou a CGD para denunciar o ocorrido. Enquanto estava sendo atendido, ele recebeu outra ligação, desta vez, do servidor M.C.R., que informou ter encontrado a moto e que a devolveria ao proprietário, pedindo que L.O.N. fosse ao seu encontro no posto Bom Clima, em Cuiabá, onde estaria com M.A.S. O proprietário aceitou o pedido.

O que os dois comparsas não sabiam é que o encontro havia se tornado, na verdade, uma emboscada para eles. No local, disfarçados, estavam dois policiais e o corregedor do Detran para acompanhar a transição. Após tudo correr da forma como esperavam, os policiais se aproximaram e encaminharam todos para a Delegacia para esclarecimento.

Até hoje, L.O.N. não conseguiu resgatar a moto, mesmo tendo pago toda a documentação que estava atrasada, que somou o montante de R$ 2,7 mil na época.

Fonte | Folhamax
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