Duas clínicas de reabilitação para dependentes químicos em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, foram fechadas durante fiscalização do Ministério Público Estadual (MPE), Polícia Civil, Politec e da Vigilância Sanitária, na quarta-feira (12). Uma mulher responsável por um dos estabelecimentos e um funcionário foram presos em flagrante.

As duas unidades funcionavam sem alvará sanitário e sem responsável técnico perante o Conselho Regional de Medicina (CRM).

Além disso, os medicamentos oferecidos aos pacientes estavam sem notificação de origem e estavam armazenados em locais impróprios.

Nas duas clínicas, ao serem ouvidos os pacientes relataram sofrer maus-tratos. Ao MPE, os pacientes afirmaram que eram amarrados até se acalmarem ou eram obrigados a ingerir medicação, caso ficassem agressivos.

Ainda segundo os relatos, os internos que se recusassem a receber o remédio via oral recebiam sedação de forma intravenosa.

A fiscalização encontrou também dois pacientes que eram mantidos em cárcere privado. Eles não sabiam que havia os levado e há quanto tempo estavam no local.

Ao todo, os dois estabelecimentos abrigavam 53 adultos e 24 adolescentes.

Todos devem ser encaminhados aos municípios de origem, uma vez que a maioria veio do interior para o tratamento.

Fonte | G1

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