O presidente do Sindicato Rural de Poconé, município que faz divisa com a área atingida, e membro do Guardiões do Pantanal, Raul Santos, disse que o combate ao fogo na região é complicado por se tratar de terra indígena. Para que as equipes de combate entrem na área é necessária uma autorização da Fundação Nacional do Índio (Funai).
“Estamos preocupados com os incêndios que podem ocorrer neste ano, principalmente, por causa do que aconteceu no ano passado. Para a nossa surpresa, já está acontecendo. A preocupação está grande”, disse.
A Funai informou que, por meio da Coordenação de Prevenção de Ilícitos (Copi) e Coordenações Regionais, tem realizado ações de prevenção a incêndios florestais em terras indígenas, em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama/PrevFogo). As iniciativas fazem parte das atividades de Manejo Integrado do Fogo (MIF) nesses territórios.
No ano passado, o fogo consumiu cerca de 2,1 milhões de hectares na região.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, devido à impossibilidade de acessar o local por terra, a equipe realizou sobrevoos, nesta terça-feira (6), e constatou que o fogo havia se alto extinguido por causa da umidade da vegetação do local.
Ainda segundo os bombeiros, não há informações de como teria iniciado o incêndio. Os militares coletaram dados da área atingida e encaminharam para perícia.
O medo dos produtores da região é que as chamas se espalhem rapidamente, dificultando o combate por parte dos bombeiros, brigadistas e pantaneiros, que foram qualificados para o combate ao fogo.
Via | G1
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