Homem descobre que seu gatinho desaparecido era, na verdade, uma jaguatirica

Homem descobre que seu gatinho desaparecido era, na verdade, uma jaguatirica

Há sete meses um felino bebê entrou na casa de uma senhora na cidade de Baião, interior do Pará, e cativou seu coração. A mulher o alimentou, deu leite, comida e, claro, carinho. Porém, na terça-feira (26), o gatuno escapou. Preocupada, a tutora acionou a Polícia Militar.

Após algumas buscas, policiais encontraram o bichano nas regiões. Porém não era o felino que a senhora acredita ser. O gatinho, como descreveu a senhora, era na verdade uma jaguatirica – ou, como é popularmente conhecida na região, um “gato-do-mato”.

Ao perceber o equívoco, a mulher prontamente devolveu o bichano às autoridades.

A jaguatirica, embora homônima do gato no nome popular (espécie de “nome social” utilizado pelos biólogos), não pode ser domesticada como seu primo cosmopolita.

A diferença de tamanho entre os dois felinos, quando adultos, também é discrepante: enquanto um gato tem em torno de 50 centímetros de comprimento, o gato-do-mato pode chegar a um metro na idade adulta.

Em nota, a PM fala que “constatou que [o animal] não apresentava nenhuma lesão aparente superficial e encontra-se em boas condições físicas.”

A jaguatirica, após passar pelo Batalhão da Polícia Ambiental, foi encaminhada ao Museu Paraense Emílio Goeldi, instituição de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do Brasil. Lá o animal passará por uma avaliação feita por biólogos e veterinários para saber se poderá voltar ou não à natureza.

Espécie em extinção

A jaguatirica (mamífero carnívoro da família Felidae e gênero Leopardus pardalis) consta na lista de animais em extinção do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) desde a década de 1980.

Existem dois principais motivos que impossibilitam a sua domesticação. Além de ser um animal carnívoro (se alimentam, por exemplo, de gambás, lagartos, coelhos, caranguejos, sapos e roedores), tem um temperamento forte e instinto selvagem.

O Ibama não autoriza ter uma jaguatirica como um animal doméstico, pois pode colocar em risco a população.

Quando adultos, os gatos-do-campo gostam de se manter sozinhos, longe de outros animais – inclusive de sua própria espécie. Eles podem chegar a ter um metro de comprimento, com uma cauda de até 40 centímetros. Seu peso pode variar de 18 a até 50 kg e, vivendo em estado selvagem, vivem de sete a 10 anos de idade.

Como são animais migratórios, que se deslocam a maior parte do tempo de noite, é comum que apareçam em residências próximas à mata.

Caso uma jaguatirica apareça próximo a sua residência, o indicado é acionar órgãos ambientais para recolhimento do animal, em vez  de domesticá-las.

Via | CNN Brasil

Compartilhe:

Ver mais: