Seis confirmações em Primavero do Leste ligam alerta para risco de contágio e reforçam a necessidade da imunização infantil

O número de casos confirmados de sarampo em Primavera do Leste (MT) subiu para seis, segundo a Secretaria de Estado de Saúde. A atualização acende o alerta para a manutenção da cobertura vacinal, especialmente entre crianças. Desde o início de 2025, o estado registrou mais de 60 notificações suspeitas da doença, com casos descartados e outros ainda sob investigação.

O sarampo é uma doença infecciosa, aguda, grave e altamente contagiosa, causada por um vírus que se espalha pelo ar através da tosse, espirros e gotículas respiratórias. Pode provocar complicações sérias, como pneumonia, encefalite e até a morte, principalmente em crianças pequenas e pessoas não imunizadas.

De acordo com o professor do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Paulo Eduardo Bastos Silva, a situação reforça a urgência da vacinação. “O sarampo é uma doença prevenível, e a imunização é a forma mais eficaz de interromper sua transmissão. O esquema vacinal deve ser iniciado aos 12 meses de idade, com reforço aos 15 meses por meio da vacina tríplice viral, oferecida gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde pelo SUS”, explica.

O docente lembra ainda que a queda na cobertura vacinal observada nos últimos anos cria um cenário favorável à reintrodução do vírus. “Basta uma brecha no esquema de imunização para que o sarampo volte a circular. Por isso, é fundamental que pais e responsáveis mantenham as vacinas das crianças em dia e também fiquem atentos às campanhas de reforço”, destaca.

As autoridades de saúde de Mato Grosso seguem realizando bloqueios vacinais e ações de mobilização nos municípios afetados, além de monitorar contatos próximos dos casos confirmados para conter a disseminação.

Sintomas e orientações

O sarampo costuma se manifestar com febre alta, manchas vermelhas pelo corpo, tosse, coriza, conjuntivite e irritação nos olhos. O período de maior transmissibilidade dura cerca de cinco a seis dias após o início dos sintomas.

Pessoas com sinais suspeitos devem evitar contato com outras pessoas e procurar atendimento médico imediatamente, informando o histórico vacinal e possíveis exposições.

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