Com perdas em bilhões, Jayme Campos pede penas mais duras para roubo de cargas

Com perdas em bilhões, Jayme Campos pede penas mais duras para roubo de cargas

Dados do IPEA revelam que as empresas brasileiras gastam aproximadamente R$ 170 bilhões anualmente para mitigar os efeitos da violência

Durante o Seminário Brasileiro de Transporte Rodoviário de Cargas, realizado na Câmara dos Deputados, em Brasília, o senador Jayme Campos (União-MT) voltou a defender o endurecimento das penas para crimes contra o transporte de cargas. Autor do Projeto de Lei 4.104/24, que propõe aumentar as penas para roubo e receptação, ele alertou para o crescente prejuízos econômicos e a escalada da violência promovida pelo crime organizado no Brasil.

“O crime organizado já não teme as instituições. Age com impunidade, causando danos à economia e à imagem do Brasil”, afirmou. Campos destacou que o país é o segundo no mundo em roubos de cargas nas estradas, atrás apenas do México, com cerca de 17 mil ocorrências por ano – equivalente a dois casos por hora.

Dados do IPEA citados pelo senador revelam que as empresas brasileiras gastam aproximadamente R$ 170 bilhões anualmente para mitigar os efeitos da violência, impacto que atinge especialmente o setor logístico.  “O crime organizado inspira o medo no seio da sociedade, causa severos danos à imagem do País e impõe prejuízos incalculáveis à economia nacional” – disse, com efeito.

Jayme Campos salientou que o projeto de lei que apresentou eleva a punição para três a oito anos de reclusão. Segundo ele, é preciso punir com rigor quem ataca o transporte de cargas. “Essa medida pode reduzir os crimes e inspirar outras ações em defesa da segurança pública” – ele declarou.

Campos destacou ainda a Polícia Rodoviária Federal não dispõe de estrutura capaz de fazer o enfrentamento nos níveis necessários. Em Mato Grosso, segundo ele, são 5 postos de patrulha ao longo de 2 mil quilômetros da BR-163, entre a divisa de Mato Grosso do Sul a Santarém, no Pará.  “É quase humanamente impossível cumprir essa função de assegurar, com certeza, fazer uma segurança pública de boa qualidade” – frisou.

O senador pediu apoio dos participantes do seminário para acelerar a tramitação da proposta no Congresso, classificando-a como um passo essencial para fortalecer o Estado de Direito.

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