Duas pessoas morreram por causa de leishmaniose visceral desde o início do ano em Rondonópolis, de acordo com a Secretaria Municipal de Sáude. Uma terceira morte está sendo investigada. As duas vítimas são homens, sendo um de 54 anos, morador do município, e outro de 52 anos, de Nova Brasilândia.
Em relação ao terceiro caso, a secretaria informou que o paciente, de 32 anos, morava na Vila Paulista e morreu na semana passada. O Hospital Regional do município está cuidando do corpo e deve emitir um laudo sobre a causa da morte em um prazo de 10 dias.
Conforme a secretaria, a cidade é considerada endêmica para a doença, o que significa que pode afetar toda a população da região. A leishmaniose é transmitida por um mosquito que se prolifera em locais com sujeira.
A prefeitura informou que tem feito mutirão de limpeza nos bairros onde os casos foram registrados. A prevenção contra a doença é feita pela higiene e, conforme a adminstração, basta tomar os mesmos cuidados com a dengue que o mosquito não se prolifera.
A doença
A leishmaniose visceral é uma doença infecciosa causada pelo protozoário Leishmania chagasi. A transmissão acontece quando fêmeas dos ‘mosquitos-palha’ picam cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário.
Os sintomas em humanos são febre, perda de peso substancial, inchaço do baço e do fígado e anemia. Se não for tratada adequadamente, a doença pode ser fatal em 90% dos casos, conforme especialistas da área.
Já os cães podem apresentar emagrecimento, vômitos, fraqueza, queda de pelos, crescimento das unhas e feridas no focinho, orelhas e patas.
Cuidados contra a doença
Não existe uma única forma de prevenção contra a leishmaniose. Por isso, são necessários alguns cuidados:
- Eliminar possíveis criadouros do mosquito-palha, como retirar matéria orgânica do quintal e não deixar lixo acumulado;
- Limpar ambientes que tenham fezes de animais;
- Usar coleira repelente para cachorros;
- Implantar telas nas janelas quando o bicho fica dentro de casa;
- Evitar passeios noturnos com os animais. Ao anoitecer, o mosquito apresenta maior atividade.
Via | G1 Foto | James Gathany/CDC
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