Acidente deixou 8 mortos e 13 feridos; agência afirma que balão não era certificado e operação era irregular
O piloto Elves de Bem Crescêncio, piloto do balão que caiu no último sábado (21) em Praia Grande (SC), não possuía licença válida para realizar voos comerciais, segundo informou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O acidente resultou na morte de 8 pessoas e deixou outras 13 feridas, em uma das maiores tragédias do tipo no país.
Segundo a Anac, o nome de Crescêncio não consta entre os profissionais habilitados com licença de PBL (Piloto de Balão Livre), exigida para pilotar aeronaves do tipo mesmo em voos desportivos.
Balão e operação não tinham certificação, diz agência
Em nota, a Anac afirmou que o balão envolvido no acidente não era certificado e que não há atualmente no Brasil nenhuma operação de balonismo autorizada para fins comerciais.
Segundo a agência, os voos de balão são permitidos apenas em caráter desportivo, e o embarque de passageiros só é permitido mediante ciência e aceite formal de que se trata de uma prática de risco.
Piloto relata falha técnica no maçarico reserva
Em depoimento à polícia, Crescêncio afirmou que o incêndio teria começado no piso do cesto do balão, após uma suposta falha em um maçarico reserva que estava a bordo. A aeronave, operada pela empresa Sobrevoar Serviços Turísticos, levava 21 pessoas no momento do acidente. A companhia suspendeu suas atividades por tempo indeterminado.
O piloto declarou ter 3 anos e meio de experiência em balonismo e mais de 700 horas de voo. A veracidade dessa informação será verificada no curso das investigações.
Via | InfoMoney
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