Mato Grosso se consolidou, nos últimos anos, como um dos estados mais dinâmicos da economia brasileira, destacando-se não apenas pela força do agronegócio, mas também por seu desempenho em geração de emprego e renda.

Segundo pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Mato Grosso é o terceiro Estado do país com o maior percentual de municípios com elevados índices de emprego e renda, um feito que merece reconhecimento e análise. De acordo com a entidade, 85,1% das nossas cidades apresentam desenvolvimento alto ou moderado no mercado de trabalho e nos rendimentos.

O resultado da pesquisa reflete uma combinação de fatores, desde o potencial produtivo até políticas públicas eficientes, mas também revela desafios que precisam ser enfrentados para garantir que o crescimento seja sustentável e inclusivo.

Não é surpresa que Mato Grosso ocupe uma posição de destaque no ranking da Firjan. O Estado é o maior produtor de soja, algodão e milho do Brasil, além de ter uma pecuária robusta. Essa pujança do agronegócio gera uma cadeia produtiva extensa, criando empregos não apenas no campo, mas também em setores como logística, comércio e serviços.

Municípios como Sorriso, Lucas do Rio Verde e Campo Novo do Parecis são exemplos de como a agricultura moderna impulsiona a economia local, elevando a renda média da população e reduzindo o desemprego.

Apesar da predominância do agro, Mato Grosso tem buscado diversificar sua economia. Polos industriais em Cuiabá e Várzea Grande, além do crescimento do setor de turismo em regiões como Nobres, Santo Antônio de Leverger, Barão de Melgaço, Poconé e Chapada dos Guimarães mostram que o Estado não depende exclusivamente das commodities. Investimentos em infraestrutura por parte do Governo do Estado também têm potencializado o escoamento da produção, atraído novas empresas e alavancado o turismo.

Mato Grosso também tem investido em educação profissional e tecnológica para impulsionamento, diversificação e modernização da nossa economia. Na Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), ampliamos de 12 para 17 o número de Escolas Técnicas Estaduais (ETEC’s) desde 2023 e aumentamos de 688 para 3.700 o número de vagas em cursos técnicos.

Com a criação de mais três unidades, o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) passa a contar também com 23 campus, o que é um passo fundamental para a educação profissional e tecnológica sem sombreamento de uma entidade pela outra.

Importante ressaltar ainda a construção do Parque Tecnológico Mato Grosso, investimento do Governo do Estado de mais de R$ 20 milhões. A expectativa é que o empreendimento gere mais de 1,3 mil empregos diretos e indiretos, sendo espaço de referência para desenvolvimento de inovação para empresas, promoção de serviços para empresas, indústrias, universidades e comunidade, além de formação e qualificação de pessoas, laboratórios, pesquisa e desenvolvimento.

Esses investimentos na Educação Profissional e Tecnológica são de extrema importância para o desenvolvimento individual e para o progresso socioeconômico regional ao longo do tempo. Isso porque essa modalidade de ensino prepara indivíduos para atender às demandas do mercado de trabalho, fornecendo habilidades técnicas específicas que são essenciais em diversos setores da economia. Isso ajuda a reduzir o desemprego e a aumentar a empregabilidade, especialmente em áreas que exigem conhecimentos técnicos e práticos.

Todos esses avanços precisam ser comemorados. Apesar disso, temos ainda um longo caminho para fazer de Mato Grosso um Estado cada vez melhor para se viver. Isso se faz com justiça social, ambiental e econômica, além de uma educação profissional e tecnológica pujante.

Via | Allan Kardec é secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso, 1º vice-presidente nacional do Consecti, doutor pela UFMT, membro da Academia Mato-grossense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso.