“Integração tecnológica, com apoio do setor privado, fortalece o combate ao crime organizado”, enfatiza Secretário de Segurança do Rio de Janeiro 

“Integração tecnológica, com apoio do setor privado, fortalece o combate ao crime organizado”, enfatiza Secretário de Segurança do Rio de Janeiro 

Victor dos Santos, secretário de segurança do Estado do Rio de Janeiro, é um entusiasta das inovações para combater o crime organizado. Em sua gestão, um dos seus maiores desafios é promover a sinergia com o setor privado para organização de bancos de dados estratégicos, acordos de cooperação técnica e construção de conhecimento moderno e proativo diante do avanço de organizações ao setor de combustíveis para fraude, adulteração e, principalmente, lavagem de dinheiro.
 

Ele considera que a atuação conjunta, com empresas e entidades de classe do segmento, proporciona maior efetividade para forças-tarefas e movimentos táticos contra estes grupos. Entre estas iniciativas, Santos reforça que o foco da secretaria de segurança do Rio de Janeiro é o ataque à estrutura financeira dessas facções.
 

“Só a falsificação, ou a venda ilegal de combustível, por si só, gera muito recurso, sim, mas esse é objetivo de quem? Da quadrilha. O nosso foco não é só evitar que esse combustível chegue à bomba e, obviamente, prejudique o consumidor, mas, sim, verificar de que forma essa organização está se capitalizando e atacar essa estrutura”, comenta.
 

O trabalho conjunto com outras secretarias do Estado está alinhado com os anseios e metas de planejamento estratégico do secretário. Santos ainda defende uma estruturação mais próxima e diálogo entre o cotidiano das policias para confrontar os ilícitos regionais. “Os criminosos buscam essa atividade no setor de combustível como forma de obter lucro. Eu vejo que esse lucro é muito menor se comparado à capacidade deles de lavagem do dinheiro que, sim, advêm às vezes do tráfico de drogas, do jogo de bicho, do cigarro contrabandeado, entre outros crimes. Todas essas atividades acabam sendo levadas para dentro do posto de gasolina e, aí sim, tem uma forma muito mais fácil de lavagem de dinheiro, até pela maneira como o combustível é negociado”, avalia.
 

O presidente do Instituto Combustível Legal, Emerson Kapaz concorda com o secretário e aponta que é necessário também ter uma legislação federal dura contra os devedores contumazes que, muitas vezes, são liderados por comandantes destas facções criminosas. “Nossa expectativa é que o Congresso aprove o projeto de lei contra devedores contumazes ainda em 2024. Muitos sonegadores são controladores de facções e já contam com sua própria infraestrutura na distribuição e varejo de combustíveis e lubrificantes. São R$ 29 bilhões perdidos por conta de fraudes, sonegação e inadimplência todo ano. A recuperação deste recurso poderia servir para equalizar a arrecadação federal”, conclui.

Via | Assessoria

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