Professores da UFMT fazem greve por tempo indeterminado

Professores da UFMT fazem greve por tempo indeterminado

Professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado nesta sexta-feira (17). A paralisação atingirá todos os campus do estado e segue o movimento paredista dos servidores técnicos e funcionários federais de todo o país. A previsão é de que as aulas já não sejam ofertadas nesta próxima segunda-feira (20).

Em assembleia, 216 professores votaram a favor da deflagração da greve, enquanto 90 foram contra. Somente 3 docentes se abstiveram e a greve foi deflagrada.

Os servidores de pelo menos 30 institutos federais, incluindo a UFMT, já estão em greve há um mês. 

A comunicação da greve à reitoria será imediata, respeitando o prazo de 72 horas úteis. Agora, a assembleia delibera os detalhes da paralisação e até o fim da tarde mais informações serão repassadas.

Professores de instituições federais pedem que o reajuste salarial seja de 22%, dividido em 3 parcelas iguais de 7,06% em maio de 2024, 2025 e 2026. Já os servidores técnico-administrativos pedem por um reajuste maior, de 34%, também dividido em 3 parcelas em 2024, 2025 e 2026.

Em carta, a entidade reforçou a diminuição das verbas às universidades públicas, que continuaram com as mesmas despesas. Foi solicitado R$2.5 bilhões no orçamento do Tesouro aprovado pelo Congresso Nacional para o funcionamento das universidades federais em 2024.

“É o que demonstra a destinação de recursos para as IFES (Instituições Federais deEnsino). A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, destinou 5,8 bilhões para as IFES, quando há 10 anos, em 2014, foram 8,0 bilhões. Para a Universidade Federal de Mato Grosso, em 2013, nós tínhamos um orçamento de custeio geral de R$120 milhões a R$130 milhões. E esse orçamento veio caindo de tal forma que em 2023 foram R$82 milhões. Considerando a inflação nos últimos onze anos, a UFMT está operando hoje com mais ou menos 1/3 da capacidade de dezembro de anos atrás. Quanto à verba de capital, em 2013, era de R$43 milhões, no ano passado, foi de R$2 milhões.”

“A ANDIFES (Associação dos Dirigentes de Ensino Superior), que reúne os reitores das universidades federais, solicitou ao governo o acréscimo de, no mínimo, R$2.5 bilhões no orçamento do Tesouro aprovado pelo Congresso Nacional para o funcionamento das universidades federais em 2024. Esses recursos são imprescindíveis para custear, entre outras despesas, água, luz, limpeza e vigilância, e para garantir bolsas e auxílios aos estudantes, ou seja, para garantir o funcionamento básico das universidades”.

Via | Assessoria

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