Pesquisadores da USP criam sistema que desinfecta ambientes fechados

Pesquisadores da USP criam sistema que desinfecta ambientes fechados

Pesquisadores da USP São Carlos, no interior paulista, desenvolveram um sistema para desinfectar ambientes fechados e partículas suspensas no ar em locais onde onde circulam muitas pessoas.

O novo sistema usa tecnologia UVC – método com base em luz ultravioleta para inativação rápida de microrganismos – e um gradiente de pressão para eliminar partículas patogênicas do ar em lugares de grande circulação de pessoas.

Ele permite a decantação mais rápida de partículas, que são eliminadas do chão antes de alcançarem a área de respiração das pessoas.

A desinfecção sanitária é indicada para diversos lugares, salas de espera, escolas, clínicas, consultórios, dentre outros espaços onde há a circulação constante de pessoas.

O sistema foi produzido por pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física – IFSC. Lá algumas salas de aula já estão sendo equipadas com o sistema para diminuir riscos de contaminação de estudantes, funcionários e professores durante atividades didáticas.

Como

O equipamento cria um fluxo de ar quase laminar próximo ao chão, que arrasta as partículas em suspensão levando-as a passar pelo sistema de desinfecção UVC.

Em seguida, o ar retorna ao meio ambiente desinfectado. Alguns experimentos realizados mostram que durante uma única passagem por esta luz intensa, 99,99% dos micro-organismos são eliminados.

A grande vantagem do sistema é que tudo que circula passa pelo processo de descontaminação, e aquilo que a pressão de cima para baixo ajuda a depositar no chão, representa menos risco às pessoas.

Atenção 

Os pesquisadores do projeto, coordenado pelo professor Vanderlei Bagnato, explicam que além das máscaras e higienização de máscaras e superfícies, é necessário atenção com o ar que se respira.

“Tosse, espirros e ou falas de indivíduos infectados em ambientes fechados são potenciais vias de contaminação de vírus e bactérias.” Partículas e aerossois podem permanecer no ar por várias horas.

Mesmo utilizando máscaras, parte destas partículas vaza para o ambiente.

As máscaras diminuem muito os fatores de contaminação, mas não os anulam por completo, afirmam.

Fonte | Jornal da USP

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