Conselho Nacional investiga ‘vale covid’ criado pelo MP de Mato Grosso

Conselho Nacional investiga ‘vale covid’ criado pelo MP de Mato Grosso

Pedido para anular ato administrativo foi apresentado ao CNMP que instaurou um procedimento de controle administrativo nesta quarta-feira (7)

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) determinou que o procurador-geral de Justiça do Mato Grosso, José Antônio Borges, preste informações até as 19h de hoje (07) sobre a ajuda de custo implantada para tratamento de saúde para membros e servidores. O auxílio saúde foi instituído essa semana e é de R$ 1 mil para procuradores e promotores e R$ 500 para os demais servidores.

A decisão do conselheiro Sebastião Vieira Caixeta foi tomada na análise preliminar de procedimento de controle administrativo instaurado a partir de representação encaminhada pelo conselheiro Valter Shuenquener à Presidência do CNMP. O pedido formulado pretende desconstituir o Ato Administrativo nº 942/202/PGJ, editado pelo chefe do MP/MT, que dispõe sobre a ajuda de custo para despesas com saúde no âmbito daquela unidade ministerial.

O conselheiro Sebastião Vieira Caixeta irá examinar o pedido de liminar após receber do procurador-geral de Justiça de MT as informações e a documentação probatória sobre os fatos. O conselheiro determinou a medida, “considerando a urgência da matéria, consistente no alegado risco de dano irreparável ou de difícil reparação caso eventuais pagamentos indevidos sejam realizados pela Administração do Ministério Público mato-grossense”.

Em sua representação, o conselheiro Valter Shuenquener noticiou que tomou conhecimento de notícia veiculada em matéria jornalística “quanto à criação de uma espécie de ajuda de custo para tratamento de saúde (‘vale covid’) pelo Ministério Público do Estado do Mato Grosso, em torno de mil reais para promotores e procuradores de Justiça e de 500 reais para servidores da instituição e comissionados”.

Shuenquener afirmou que, “de acordo com a citada matéria, caso todos os servidores e membros do Ministério Público façam adesão à nova verba de caráter indenizatório, o custo mensal poderá alcançar 680 mil reais, tendo em vista que, atualmente, o Parquet mato-grossense conta com 249 membros e 862 servidores efetivos e comissionados”

“Segundo alegado, a verba terá caráter indenizatório e será destinada apenas para despesas com saúde. Conforme trecho do ato: ‘a comprovação dos pagamentos dar-se-á com a apresentação de quitação de boletos bancários, recibos e/ou notas fiscais emitidos pelas empresas operadoras de plano ou seguro saúde, que contenham o detalhamento mensal das despesas’”, enfatiza o conselheiro.

O Ministério Público de Mato Grosso alegou à imprensa que o auxílio saúde está previsto em lei desde 2012 e a normativa foi baixada neste momento de pandemia tendo em vista o projeto que deve congelar até 2021 os salários dos servidores federais, estaduais e municipais.

Fonte e Foto | RMT

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