Brancos também envelhecem?
Vinhos brancos, via de regra, são os que precisam ser consumidos mais rapidamente, pois – já que não possuem uma estrutura de taninos tão forte – não conseguem resistir ao tempo. Contudo, alguns brancos podem, sim, ser guardados. No caso, o principal fator para saber se eles devem ou não aguentar bem o envelhecimento passa a ser a acidez. Alguns dos principais vinhos brancos do mundo – como os melhores Chablis, por exemplo – possuem uma relação de acidez e fruta suficiente para suportar uma ou mais décadas de guarda.
Amadurecer ou envelhecer?
Você sabia que os vinhos AMADURECEM nas barricas de madeira e ENVELHECEM nas garrafas e não o contrário? A barrica muitas vezes funciona como parte da composição da estrutura de um vinho, agregando aromas, lapidando a cor e refinando taninos e acidez. Já na garrafa o vinho estabiliza, arredonda, evolui dentro de si mesmo, sem nenhuma outra substância a não ser as que já estão lá e uma mínima (mínima mesmo) quantidade de oxigênio que pode passar pela rolha de cortiça. É nesse momento que é essencial preservar a temperatura e conservar o vinho fora da luz, para que ele não estrague antes da hora.
Qual o gosto do vinho envelhecido?
Antes de decidir por envelhecer um vinho, você precisa conhecer o seu próprio paladar para ver se é isso mesmo o que quer daquela bebida. Um vinho jovem geralmente terá bastante força nos aromas e no corpo, com muito tanino, acidez e fruta. Se você gosta desta opulência, talvez não vá conseguir apreciar um vinho mais velho, pois, com o tempo, a tendência que é ele se torne mais delicado, com aromas mais sutis, taninos mais macios e um pouco menos de frescor do que quando jovem.
Fonte | Revista Adega
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