O ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou o pedido de liminar da defesa de João de Deus para que ele seja transferido a prisão domiciliar. A decisão foi dada nesta sexta-feira (8). O médium responde a denúncias de abuso sexual de mulheres que o procuraram para tratamento espiritual. Ele está preso desde 16 de dezembro de 2018 e sempre negou os crimes.
Advogado do médium, Alberto Toron disse que a defesa vai “aguardar o julgamento do mérito”, que ainda não tem data para ocorrer.
Os advogados dele alegaram, no pedido, que o preso é idoso, portador de doença vascular grave e que já passou mal na prisão. Em outras ocasiões, os defensores também argumentaram que não haveria perda para a sociedade em manter João de Deus em casa.
O STJ havia pedido informações sobre a situação de saúde do preso para então tomar a decisão. A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que enviou o laudo à Justiça também nesta sexta-feira.
Conforme andamento do processo, mesmo com as informações sobre a saúde do preso e tendo negado o pedido da defesa, o ministro decidiu esperar a chegada de “outros esclarecimentos” para então enviar o documento de volta ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) para emissão de novo parecer. A publicação da decisão de Nefi Cordeiro está prevista para terça-feira (12).
De acordo com informações do STJ, o ministro se baseou em fatos que antecederam a prisão do médium e o decreto de prisão dele.
Ao justificar a negativa à prisão domiciliar, o magistrado levou em consideração a movimentação financeira registrada antes do médium ser detido e relatos de ameaças a uma das vítimas.
João de Deus está preso no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.
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Foto de João de Deus no registro do sistema penitenciário, em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Processos contra João de Deus
- Ações na Justiça: João de Deus já virou réu três vezes por violação sexual e estupro de vulnerável. A mulher dele, Ana Keyla Teixeira, também foi denunciada no crime envolvendo os armamentos, e o filho, Sandro Teixeira, por intimidação das testemunhas;
- Apuração no MP: Órgão segue colhendo e analisando novas denúncias de mulheres que se dizem vítimas do médium.
Fonte | G1
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