Francisco Lúcio Maia voltava para casa com um carrinho de verdura quando foi atropelado. Letícia Bortolini foi detida com sinais de embriaguez e teve a liberdade concedida pela Justiça.
Um vídeo de câmeras de segurança registrou o momento em que a médica Letícia Bortoloni, de 37 anos, atropela e mata o vendedor ambulante Francisco Lúcio Maia, de 48 anos. O acidente ocorreu no sábado (14) na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá. A defesa dela não quis se manifestar até o momento.
A gravação não tem imagens nítidas, mas é possível ver o carro da médica, um Jeep Compass de cor branca, atingindo o vendedor ambulante. O automóvel da médica aparece na imagem da esquerda para a direita, aos quatro segundos do vídeo.
Francisco é arremessado e o corpo atinge uma árvore, quase no centro do vídeo. Letícia não freou o veículo e não prestou socorro ao pedestre. A Polícia Militar, ao detê-la, disse que ela tinha sinais de embriaguez.
Letícia foi presa em flagrante no mesmo dia com sinais de embriaguez, segundo a polícia. Ela passou por audiência de custódia e teve a prisão convertida em preventiva.
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Na segunda-feira (16), entretanto, a Justiça concedeu liberdade para a médica. A decisão atende a um pedido da defesa dela feito sob a alegação de que os filhos de Letícia precisam do cuidado da mãe.
O marido da médica, que também é médico, Aritony Alencar, prestou depoimento na terça-feira (17). Ao deixar a delegacia, foi hostilizado pela família da vítima.
Quatro pessoas já foram ouvidas. Outras testemunhas também deve prestar o depoimento.
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Em depoimento à polícia, uma testemunha que presenciou o atropelamento contou que Letícia Bortoloni, de 37 anos, a médica que conduzia o veículo estava em alta velocidade e fazia zigue-zague nas curvas.
Segundo a polícia, ao final do inquérito as cópias dos autos serão encaminhadas ao Conselho Regional de Medicina (CRM-MT) para que a instituição avalie a postura ética dos dois.
O acidente
O casal fugiu do local ao atropelar Francisco, que terminava de atravessar a avenida e tentava subir com o carrinho no canteiro. Francisco voltava para casa quando foi atropelado.
Uma testemunha viu a cena e seguiu o carro da médica, que entrou em um condomínio no Bairro Jardim Itália, em Cuiabá.
A filha da vítima, Francenilda da Silva, diz que espera justiça. “Meu pai era um homem de bem. A morte dele é muito dolorida. Ele merece ser reconhecido e que as leis sejam aplicadas de forma correta”, afirmou.
Letícia é proprietária de uma clínica particular, no Bairro Bosque da Saúde, e atua como dermatologista.
Fonte | G1
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