RJ2 teve acesso com exclusividade ao conteúdo do relatório. Em vídeo, Denis fala sobre consumo de álcool no consultório: ‘Eu abro um vinho ou champanhe durante o procedimento e bebo junto’.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) sobre a morte de Lílian Calixto é inconclusivo e a causa da morte ainda é indeterminada. A bancária morreu no dia 15 de julho após passar por um procedimento estético com o médico Denis Furtado, conhecido como Doutor Bumbum. O RJ2 teve acesso com exclusividade ao conteúdo do relatório nesta segunda-feira (23).

Os médicos-legistas pediram que sejam feitos exames complementares para que haja uma conclusão. Além disso, eles solicitaram que a polícia peça o prontuário médico do hospital para analisar todas as possibilidades. O médico e a mãe, além de duas funcionárias, são apontados como responsáveis pela morte de Lilian.

Dr. Bumbum diz que pacientes bebem durante cirurgia

Renata está presa e Denis Cesar foragido da Justiça (Foto: Divulgação )

Renata está presa e Denis Cesar foragido da Justiça (Foto: Divulgação )

O RJTV também teve acesso a um vídeo onde o médico admite que as pacientes fazem uso de bebidas alcoólicas durante o procedimento cirúrgico. Na gravação, ele diz que a mulheres ganhariam um livro e uma garrafa de vinho.

“Olha, quem é paciente meu é só pedir que ganha um livro de presente e eu abro um vinho ou champanhe durante o procedimento e bebo junto”, disse.

Novas denúncias de erros

Após o caso da bancária se tornar público, pacientes de vários estados estão denunciando erros nos procedimentos estéticos realizados pelo médico Denis Furtado, o Dr. Bumbum, como mostrou reportagem do Jornal Hoje. Uma jovem do Rio de Janeiro, que não quis se identificar, fez uma cirurgia de correção na manhã desta segunda-feira (23) e continua internada em um hospital.

O médico Denis Cesar Barros Furtado, o Dr. Bumbum, é escoltado pela polícia após sua prisão no Rio de Janeiro (Foto: Leo Correa/AP)

O médico Denis Cesar Barros Furtado, o Dr. Bumbum, é escoltado pela polícia após sua prisão no Rio de Janeiro (Foto: Leo Correa/AP)

Segundo ela, a intervenção com o médico Denis Furtado aconteceu em setembro do ano passado. Segundo a paciente, no apartamento da Barra da Tijuca faltavam condições básicas. Ela contou que não tinha luva cirúrgica e que eles tiveram que ir na rua comprar.

“Quando eu levantei da maca, eu já vi que eu estava deformada. Falei: ‘Doutor, como eu posso ficar assim?’ Ele falou que era assim mesmo, que era porque eu tinha acabado de fazer”, disse.

A jovem diz que, depois, procurou Denis, mas não recebeu nenhuma assistência. Ela, então, resolveu desabafar numa rede social. A atitude teria irritado o médico, que passou a intimidá-la e chegou a lhe enviar uma notificação extrajudicial. Ele a ameaçava com um processo por calúnia, difamação e injúria, e exigia que se retratasse nas redes sociais para não cobrar uma indenização de R$ 200 mil.

Fonte | G1

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