O produtor rural Adalto de Oliveira do município de Rio Branco transformou o chorume descartado pelos animais na sala de ordenha, em um adubo natural que trará uma economia média de R$ 48 mil anualmente. A ideia foi orientada pelas visitas da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), da qual o produtor faz parte.
Sem estrutura para captação, após a lavagem da sala de ordenha, o chorume escorria pelo pasto e contaminava a água destinada aos animais. “O esterco estava sendo descartado de forma errada e identificamos nas primeiras visitas em que fazemos o diagnóstico da propriedade. A virada de chave foi quando o produtor notou que as pastagens próximas aquele caminho que o chorume traçava eram mais verdes e estudamos uma forma de aproveitá-lo”, afirmou o técnico credenciado ao Senar-MT, Alessandro Nogueira. O investimento foi a construção de um tanque em alvenaria com capacidade de 18 mil litros para captação do chorume e a aquisição de um maquinário para fazer a distribuição do adubo pelo pasto. Com o dejeto dos 50 animais que passam pela sala de ordenha por dia é possível fazer a coleta e aplicação do chorume quinzenalmente.
“O resultado está sendo melhor do que o esperado. Ele não é imediato, mas percebemos diferença no volume de folhas, uniformidade do capim e estamos muito satisfeitos”, destacou o produtor rural. Além dos benefícios ambientais, a iniciativa também proporcionou uma economia ao produtor pela redução na compra de fertilizantes. “Houve um aumento significativo dos fertilizantes por conta do cenário mundial. Com o aproveitamento do chorume, o produtor não vai mais precisar gastar com ureia, que para essa área era utilizada meia tonelada de produto mensalmente”, explicou o técnico. Meio Ambiente – De acordo com o coordenador da ATeG em Mato Grosso, Armando Urenha, uma das metas futuras do Programa é focar na sustentabilidade. “É uma responsabilidade nossa se preocupar com esse impacto ambiental. É possível produzir sem degradar o meio ambiente e precisamos falar sobre isso com nossos produtores”, afirmou.
Via | Senar
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