Um adolescente de 13 anos, identidade preservada, deu um tapa na cara de um professor na Escola Estadual Prof. Maria Esther Peres, localizada em Vila Rica. A agressão teria acontecido durante uma atividade de jogos escolares. O professor, que estava responsável por fiscalizar os estudantes durante os jogos escolares, conta que, ao passar pela arquibancada onde o adolescente estava, foi agredido sem nenhum motivo aparente, segundo ele. O menor saiu correndo para a quadra de esportes depois de desferir o tapa no professor e só foi parado mais a frente, por vários outros professores. Segundo boletim da Polícia Civil, esta não seria a primeira vez que o aluno tem comportamentos agressivos. Os atos de desrespeito vindos dele já seriam recorrentes. A vítima e o adolescente foram conduzidos à delegacia e o menor foi intimado a retornar na presença dos responsáveis. O conselho tutelar também foi acionado. A Escola Estadual Prof. Maria Esther Peres enviou uma nota de esclarecimento e relata que tomou todas as medidas necessárias com relação ao caso. Confira a nota: A escola Maria Esther Peres é uma instituição acolhedora e não faz seleção de estudantes, diante desse pressuposto temos uma clientela diversa, atendemos a sociedade em geral, desde estudantes regulares no Ensino Fundamental e Médio, EJA, Educação do Campo, e dentre estes há adolescentes infratores, sem falar do Ensino Prisional. Inclusive, pela legislação vigente temos que receber alunos, os quais por ventura tenham recebido a transferência escolar compulsória devido o número de infrações acumulativas em outras instituições que não seguem o mesmo regime que o nosso. “Recebemos todos os estudantes sem distinção” Hoje atendemos 1350 estudantes, e ao analisar o perfil deles podemos ver os desafios de uma sociedade em crise, em que a educação pública fica à mercê do descaso por parte do poder público e por uma parcela considerável da sociedade que insistem em atacá-la. A equipe gestora e a equipe pedagógica não medem esforços para mitigar ações como essas, mas, infelizmente, tais situações ocorrem em todos os espaços escolares. Ressalta-se que sempre são tomadas as devidas providências em consonância com o Regimento Interno Escolar, em conjunto com Gestão e CDCE (Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar). Não podemos simplesmente expulsar o estudante de maneira deliberada, todos os procedimentos em nossa escola seguem base legal. Lamentamos o ocorrido, e que fique bem claro que fatos isolados como o ocorrido recentemente não representam o trabalho e o comprometimento dessa instituição de ensino frente à comunidade de Vila Rica. Nesta semana, tivemos o início da etapa dos Jogos Escolares Interclasses, ação que poderia haver divulgação. A escola desenvolve vários projetos dentre eles, o Encontro Científico, Simulado e preparação para avaliações externas, Festival de Teatro e Cultura com a família na escola (FESTMEP), Projeto de Jogos Escolares e Estudantis, Projeto Resgatando Valores, Projeto Saúde na Escola, além de projetos específicos por disciplina ao longo do ano. Onde será que está o foco? Precisamos é de uma sociedade que lute em prol de uma educação inclusiva, em vez de atacar os que estão todos os dias na linha de frente da educação pública, sendo desvalorizados e descredibilizados por setores públicos e parte da sociedade.
Via | RMT
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