Nível de chuvas está acima da média em cidades de Mato Grosso

Nível de chuvas está acima da média em cidades de Mato Grosso

Em Cuiabá, os dados do Instituto Nacional de Meteorologia mostram que janeiro, fevereiro e março tiveram precipitações acumuladas acima da média sempre passando de 200 milímetros.

“Os últimos três anos foram muito secos, então você pega e compara com janeiro do ano passado, choveu muito mais, mas se comparo com a média histórica, o que era esperado para aquele mês, não choveu tanto assim, porque essas médias são calculadas por 30 anos”, explica o climatologista do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Rodrigo Marques.

E não foi só na região metropolitana. O ano começou com chuvas intensas em praticamente todo o estado, mas toda essa água tem reflexos.

Segundo a Defesa Civil de Mato Grosso, 16 cidades decretaram situação de emergência por conta das fortes chuvas que atingiram o estado neste ano em algumas regiões as precipitações passaram de 500 milímetros e deixaram rastros de destruição.

No interior, as estradas viraram verdadeiros rios e pontes foram levadas. A cidade de Sorriso, no norte, ficou em baixo d’agua. Até o Pantanal alagou. A pior situação foi em Diamantino: 84 famílias tiveram as casas inundadas e precisaram de ajuda.

“Infelizmente essas famílias perderam todos os móveis, geladeira, fogão… Às vezes, a pessoa demorou a vida inteira para adquirir isso e acabou perdendo tudo. Mas o governo tem dado o auxilio através de cestas básicas, estamos mobilizando para doar colchoes e ajuda”, diz o tenente coronel Luis Cláudio Pereira da Cruz, diretor da Defesa Civil Estadual.

Dos 16 municípios em que os prefeitos decretaram situação de emergência, 12 tiveram o reconhecimento do estado e 10 a homologação do governo federal. As cidades de Santa Terezinha, Luciara, Confresa, Nova Bandeirantes, Água Boa, Paranatinga, Porto Alegre Do Norte, Gaúcha do Norte, Vila Bela da Santíssima Trindade e Diamantino poderão receber recursos para melhorias em breve.

Juara, Jauru e Mirassol ainda aguardam o reconhecimento federal.

Segundo os pesquisadores, chuvas volumosas devem ser cada vez mais frequentes, o que é um sinal de alerta também para o planejamento urbano das cidades..

“As áreas alagadas são geralmente áreas a beira de córregos, que não deveriam ser ocupadas mas que foram, isso serve de alerta muito forte para quem trabalha com planejamento urbano”, diz Rodrigo.

Via | G1

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